Leituras na Amorim

O poeta Hugo Paz veio no dia 10 de agosto a Amorim Lima para conversar com alunos e alunas dos 8º e 9º anos. Foram dois encontros, um no período da manhã e outro à tarde. Na parte da tarde participaram também as professoras Vilma, Cleide Portis e Priscila.

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Foi o primeiro encontro do projeto Leituras na Amorim, que inicia uma série de conversas com escritores e poetas.

Hugo Paz abriu a conversa com os alunos perguntando o que cada um entendia ser poesia. Após algumas respostas, ele sugeriu que as pessoas abraçassem alguém com quem não tinham familiaridade, fazendo a partir daí o gancho de que poesia é sentimento.

A seguir o autor apresentou dois vídeos que traziam declamações de poesias: Morre Lentamente”, de Pablo Neruda e A incapacidade de ser verdadeiro”, de Carlos Drummond de Andrade.

Com isso Hugo questionou os alunos e alunas sobre o entendimento deles a respeito do que os autores quiseram transmitir. O poema de Pablo Neruda foi entendido como motivacional. Já o poema de Drummond, segundo as palavras do aluno Davi “é uma poesia falando de poesia”. Uma metalinguagem, completou Hugo Paz, comentando que “depois que a obra é feita ela pertence ao público. O entendimento é subjetivo, é de cada pessoa”.

Hugo Paz ressaltou que no caso do poema “A incapacidade de ser verdadeiro”, que mostra que a poesia estava na vida do garoto, a poesia não é algo fechado, restrito aos livros e que em sua história de vida foi isso que ele descobriu ao começar a participar de saraus pela cidade.

Em seguida o poeta declamou performaticamente uma poesia de sua autoria: “Grafiteiro” e depois propôs e convidou os alunos e alunas que quisessem para improvisações, declamarem e fazer Rap.

Houve apresentação de alguns alunos, como Mateus e Bruno, que fizeram um interessante duelo de Rap. Já Layla declamou uma poesia de sua própria autoria e Carolina, que faz teatro, declamou uma poesia que um amigo fez para ela. Vaion escolheu uma poesia do livro de Hugo Paz e a declamou. Seguiram-se momentos nos quais o autor declamou mais poesias, usando inclusive um pandeiro para acompanhar.

Veja aqui uma Galeria de Imagens do encontro.

Já encaminhando para o final o autor contou que já ouviu algumas vezes as perguntas: Para que você faz poesia? Isso serve para alguma coisa? Como resposta para estas indagações Hugo sempre reflete: “eu faço porque acredito que a poesia nos faz melhores. Eu como ser humano descobri que a poesia tem uma força muito grande”, completou.

O autor também comentou que atualmente, os estudantes na Amorim estão em uma escola de referência, onde têm a oportunidade de ter este contato com a cultura, o conhecimento, citando Francis Bacon “conhecimento é poder”.

Na parte final antes de abrir para as tradicionais perguntas, as alunas Carolina e Julia fizeram uma pequena performance de uma poesia do autor sobre um menino que morava na rua.

Conheça mais sobre Hugo Paz.