No dia 30 de abril, das 10h às 16h, acontecerá aqui na Amorim Lima a Festa dos Povos Originários. Neste dia a Comunidade Amorim Lima se reunirá para pensar, viver e refletir a Cultura Indígena em nosso país.
Durante as primeiras semanas deste mês de abril as Tutorias trabalharam em conjunto, cada uma a sua maneira, para mostrar e apresentar as estudantes e aos estudantes como lidar com esta cultura e suas interações com a história e a alma brasileiras.
Angela Papiani em seu livro “Povo Verdadeiro” (Editora Ikore, 2009), conta que na costa brasileira, quando os primeiros portugueses chegaram, estima-se que viviam 5 milhões de pessoas indígenas, de mais de mil etnias diferentes. Ela ainda explica que “no processo de formação do Brasil, desapareceram para sempre cerca de 800 povos com todo o conhecimento que tinham, sua história, filosofia, língua, religião, arte, sua experiência de vida neste mundo. Uma riqueza e diversidade irrecuperáveis”.
Por conta de questões como esta é necessário que se proporcione a todos nós uma reflexão sobre os encontros e desencontros desta origem. A diretora da Amorim Lima, Ana Elisa, ressalta que este é um momento essencial para se formar uma frente de trabalho que gere diálogos e que faça pensar neste assunto e vivenciar este conhecimento.
Entender a cultura indígena é um ponto muito importante na formação de nossa cultura. Tanto que em de 2008, a Lei 11.645 alterou novamente a LBD para incluir no currículo a obrigatoriedade do estudo da história e cultura dos povos indígenas, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, público e privado, juntando-se ao estudo da cultura afro-brasileira, que já estava determinada pela Lei 10.639/2003.
Na Amorim Lima estes estudos sempre estiveram inseridos no Projeto Político Pedagógico da escola, independentemente de sua obrigatoriedade. A Festa dos Povos Originários, assim como as outras festas de nossa escola, são a aplicação prática de dois Objetivos Específicos do PPP:
– Ampliar as experiências culturais para a transformação das relações entre os homens em sociedade.
– Criar e organizar os espaços para o pleno desempenho do projeto.
Desta forma a Festa dos Povos Originários de nossa escola contará com uma série de atividades que permitirão esta vivência. Confira abaixo a programação da Festa. (Algumas atividades podem sofrer alterações).
PROGRAMAÇÃO
10h às 10h20
Abertura do evento com a apresentação do Coral Vilaindianense na condução do mestre Juan.
Espaço: Palco.
10h30 às 11h
Narrativas indígenas ao som do violão com Brisa Mapuche.
Espaço: Palco.
11h10 às 11h30
Dança Datsiwai’õ com o Povo Xavante e o 2º ano C.
Espaço: Tenda.
11h40 às 12h00
Maculelê – dança/luta com elementos afro-indígenas com o grupo CEACA.
Espaço: Tenda.
12h às 13h
Almoço somente para estudantes e convidados indígenas.
13h às 15h
Circuito de brincadeiras de herança cultural indígenas.
Espaço: espaços externos da escola
14h às 15h
Roda de conversa sobre o milho crioulo e plantio com a Talita e Silmara.
Espaço: horta
15h às 16h
Roda de conversa e Toré de encerramento com os povos indígenas e participantes.
Espaço à combinar.
16h às 18h
Mutirão de limpeza e organização de toda escola (área interna e externa – incluindo a remoção do lixo para a lixeira da rua).
ATIVIDADES QUE OCORRERÃO DAS 10H ÀS 15h30
Exposição no Átrio
“Povos indígenas e seus artefatos culturais: tradição e resistência”.
Feira dos Povos Originários
Venda de artefatos e objetos culturais indígenas.
Pintura Corporal de Grafismos Indígenas
Pinturas realizadas com convidados indígenas.
Exposição no Salão do 1º ano
Atividades e trabalhos de professores/as e estudantes realizados durante o “esquenta”.
Sebo
Venda de livros com arrecadação para a APM da escola.
Cineclube
Sessões de vídeos com temáticas indígenas:
Menos preconceito, mais índio;
Terra Vermelha;
Pajerama;
Das crianças ikepeng para o mundo;
A questão indígena em 4 minutos;
Índio Presente – Série TV;
Redescobrindo a Série de TV Índio Presente;
Grafismo e culturas indígenas: arte, manifestação cultural e tradição – CEU EMEF Butantã;
O Grafismo Indígena.