Oficina de Mangá

Estudantes de várias séries participam todas as segundas-feiras de Oficina de Mangá. HQs de origem japonesa está muito integrada no dia a dia de muitos adolescentes.

Desde o mês de março deste ano, Heloísa Mattar, está compartilhando seus conhecimentos e habilidades com os estudantes da Amorim Lima.

A partir de um grupo do Facebook de trocas de serviços, roupas, conhecimentos, entre tantas outras coisas, no qual Heloisa ofereceu para dar aulas de desenho, ela encontrou a Adriana, mãe de duas crianças que estudam na Amorim. Da conversa surgiu a ideia de dar aulas de mangá aqui na escola.

Heloisa adorou a ideia e aceitou na hora, pois dar aulas é o caminho que escolheu como profissão. Heloisa está se preparando para o vestibular para fazer licenciatura em artes plásticas e desde já ter a oportunidade de dar aulas é muito importante.

Adriana ajudou a organizar um grupo e partir de uma aula de teste com a Gabriela e Fábio, filhos de Adriana, Heloisa iniciou todas as segundas-feiras as aulas da Oficina de mangá aqui em nossa escola.

O nome Mangá é dado a todas as histórias em quadrinhos de origem japonesa. Essa palavra é resultado da junção de outras duas: Man – que significa involuntário e Gá – que significa imagem.

Os mangás possuem características próprias e desenhos típicos. Os volumes de mangás são compostos de aproximadamente 200 páginas. Assim sendo, as histórias são longas e com muitos detalhes. Possuem diversos pontos de vista e, além disso, contam com variações no número de quadrinhos, já que os autores (chamados mangakás) aproveitam o espaço disponível para transbordar os sentimentos e emoções nos desenhos que variam de tamanhos. Os olhos grandes dos personagens também são uma característica muito marcante nos mangás.

Aos 12 anos Heloisa conheceu um Anime (tipo de animação japonesa que utiliza o traço de mangá) chamado Clannad. A princípio ela não estava muito animada, no entanto, ao assistir ela começou a se envolver mais e ficar muito atraída pelo traço que “julga ser extremamente atraente e bonito” e partir disso, começou a conhecer mais animes e simultaneamente a tentar desenhar aquilo que ela via.

Assim procurando e assistindo a tutoriais no YouTube e a desenhar “meio de olho” como ela mesma definiu, Heloísa percebeu que não estava funcionando como ela queira e que seria necessário procurar cursos especializados.

Apesar de querer aprender mais Heloisa não encontrou tempo para se dedicar ao desenho, até que quando completou 16 anos, ela passou por um período de depressão e foi exatamente o mangá e o desenho que a auxiliaram a superar este problema.

Heloisa fez um curso de dois anos, aprimorando muito sua técnica e assim que percebeu e sentiu que era isto que queria fazer em sua vida: ensinar a desenhar.


Um dos vários desenhos de Heloisa.

Malu, do 6º ano e Artur do 5º ano da tarde são “apaixonados” por mangás e animes. Malu já desenha bem e com muita habilidade. Ela começou a oficina para aprender o traço do estilo de HQ que mais gosta. Artur está aproveitando a oficina para desenvolver suas habilidades de desenhar.

Edgar que está no 1º ano disse que começou a participar da Oficina de mangá, “porque gostava muito de desenhar e queria fazer aula de desenho. Eu queria aprender desenhar melhor, desenhar um olho melhor, fazer partes do corpo melhor”, completou.

A Oficina de Mangá na Amorim Lima é gratuita e é mais um trabalho voluntário para trazer mais elementos culturais para as crianças e comunidade. Os interessados podem comparecer às segundas-feiras, a partir das 19h na sala Multiuso II. As aulas duram entre uma e uma hora meia.

Veja algumas fotos da Oficina de Mangá