Os Dinos invadem a Amorim

No sábado, dia 12 de outubro, a Amorim Lima recebeu Luiz Anelli, professor e pesquisador do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) para um encontro com as crianças para falar sobre dinossauros, planeta Terra, sistema solar, entre tantos assuntos interessantes e que instigaram as crianças e também os adultos. Esta atividade foi mais uma das ações da II FLAL – Feira Literária da Amorim Lima.

Luiz Anelli conversa com as crianças.

Na abertura do encontro na parte da manhã, Luiz Anelli começou a conversa com uma pergunta: “Quando começa a história do mundo?”. Com isso, na lousa do salão intermediário, onde estavam reunidos, Anelli criou uma linha do tempo em escala, começando com a idade da terra, 4,57 bilhões de anos.

Em seguida o professor e pesquisador trouxe para o grupo outra pergunta: “Como sabemos a idade da Terra?”. Ele explicou que isso pode ser feito pela análise da idade dos meteoritos que encontramos aqui. Luiz falou sobre a Terra, sobre a importância da nossa Lua no controle da velocidade de rotação do nosso planeta, sobre os dia e as estações, além de falar sobre outros planetas e suas luas.

Em determinado momento ele comentou: “vocês repararam que a gente conhece pouco o mundo em que vive?”. Com esta questão Anelli mostrou como é importante as crianças de hoje entenderem como a Terra foi formada, como se formou o equilíbrio das florestas e tudo o que existe. Luiz ressaltou que “nossos governantes de hoje não aprenderam isso quando eram crianças e, por isso, causam facilmente desequilíbrios no mundo. As crianças de hoje precisam saber cuidar do planeta no futuro”.

Luiz demonstrou que como em uma história da Terra que ocupou a lousa da sala de cerca de 5 metros de comprimento, a história da humanidade ocupa muito menos do que a espessura um fio de cabelo. Aliás este foi o ponto que mais atraiu e despertou o interesse de André Deblire, do terceiro ano da manhã. Dedé, como é chamado, disse “que não imaginava que tinha tantas coisas sobre o nosso planeta”, completou.

Na parte da tarde a curiosidade das crianças aumentou, pois quando os bonecos de dinossauros, que elas trouxeram começaram a ser identificados. Brincando com elas, Anelli perguntava: “Esse cara é um dinossauro?”, e na sequência começava a explicar e dizer qual era aquele dinossauro. “Não é porque é grande que é dinossauro”. “Eles tem 3 dedos nos pés e pescoço em forma de S”. “Aves são dinossauros!”. Assim caminhou a conversa, por meio dos bonecos e das réplicas de fósseis explicando quem foram os dinossauros.

Mesmo eles tendo existido há milhões e milhões de anos, Luiz Anelli explicou que se consegue estudar os dinossauros hoje por meio de fósseis de ossos, pegadas, cocô, ovos, dentes, penas, tudo o que foi preservado por várias circunstâncias pela natureza. Este foi inclusive o ponto que mais chamou a atenção de Ramiro do 3º ano da manhã, que estava no evento. ” Nunca tinha imaginado que fosseis fossem tudo isso . Pensava que era só os ossos”, completou.

No final da atividade, os participantes do encontro, crianças e adultos, desceram ao pátio externo para desenrolar uma fita com o comprimento do maior dinossauro já encontrado no Brasil, o Uberabatitan e outra com o comprimento do maior dinossauro encontrado no mundo, o Argentinossauro.

Turma “desenrola” os maiores dinossauros do Brasil e da América Latina.

Logo após “desenrolar” os dinossauros, Luiz Anelli acompanhado de Celina Bodenmüller, que escreveu com ele alguns livros, como o “Almanaque dos Dinossauros”, autografaram livros que as crianças trouxeram.

Luiz Eduardo Anelli é professor, formado em Ciências Biológicas, mestre e doutor em Paleontologia. Há 18 anos coordena a Oficina de Réplicas, do Instituto de Geociências da USP – IGc/USP. Foi curador da exposição “Dinos na Oca”, no Parque do Ibirapuera. É autor de diversos livros de divulgação científica sobre paleontologia, sendo alguns deles direcionados para crianças.

Veja uma galeria de imagens do dia na Amorim Lima.

Saiba mais sobre a II Feira Literária da Amorim Lima.