Categoria: Projetos Especiais
Bazar do Amorim: você ajuda doando ou comprando peças
Em novembro, o Bazar acontecerá na terça-feira, dia 06, das 12 às 18h, no Hall de Entrada.
Apareça! Colabore comprando peças! Colabore doando peças!
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Aulas gratuitas de Esporte na USP para crianças
O CEPEUSP (Clube de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo) abriu inscrições para o Projeto Esporte Talento 2013. Crianças e adolescentes que nasceram entre 1998 e 2004 podem se inscrever para as aulas que acontecerão às 2ª, 3ª e 5ª, das 8h às 11h ou das 14h às 17h. As aulas são gratuitas. As inscrições podem ser feitas pela internet no site www.cepe.ups.br ou diretamente na sala 8 do Velódromo no CEPEUSP (um adulto deve realizar a inscrição), de 2ª a 6ª, das 8h30 às 16h30. Inscreva-se até o dia 09 de novembro. O telefone do CEPEUSP é 3091-3592 e o email prodhe@usp.br
Inscrições da ETEC vão até dia 25 de outubro
As inscrições para o vestibulinho das ETECs vão até o dia 25 de outubro, quinta-feira, às 17h. Se o seu filho está no último ano do ensino fundamental e ainda não se inscreveu, corra! As ETECs oferecem cursos técnicos muito bem estruturados e gratuitos. Há também a opção de fazer o colegial na mesma escola (de acordo com a unidade escolhida). Vale a pena fazer a prova mesmo se o aluno não tiver absoluta certeza do que fará no próximo ano. Com a prova, ele testará seus próprios conhecimentos.
Se o seu filho ainda está no penúltimo ano, saiba que pais de alunos do Amorim Lima se uniram para formar um Cursinho Pré-Vestibular, gratuito, e com aulas no período noturno. Então, para o ano que vem, inscreva o seu filho ou filha no Cursinho do Amorim. Assim que as inscrições estiverem abertas você verá a matéria aqui.
Aldeira Krukutu, Mirante da Cratera e Solo Sagrado: três jeitos de ver São Paulo
Como lembra as tutoras Cleide, Maria Eugênia e Cristina Moraes, que participaram com seus alunos desses passeios, São Paulo é a maior cidade da América Latina e tem 11 milhões de habitantes. Nós fazemos parte dessa estatística. Para fazer o reconhecimento da diversidade desta cidade, os alunos conheceram o jeito de viver na aldeira Krukutu, uma das três de São Paulo, foram conhecer o Mirante da Cratera, onde a queda de um meteorito criou uma formação geológica peculiar, e o Solo Sagrado, onde está a sede da Igreja Messiânica do Brasil. Durante a Festa da Cultura, as tutorias traduzirão um pouco desses cenários para os visitantes.

Primavera e flores no Amorim Lima
Alunos do 1º ano fazem OCAs em miniatura


A reforma no parquinho continua
Olimpíadas de Matemática: 14 alunos estão na segunda fase
Na foto, André aparece comemorando de montão. É a primeira vez que ele vai para a segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Se for bem na prova (para a qual ele afirma, sempre muito empolgado, que está estudando bastante) será bolsista do CNPq com auxílio de R$ 100 por mês durante um ano, além de garantir sua participação em oficinas mensais de matemática. O Amorim já tem bolsistas veteranos, que foram aprovados para a segunda fase novamente em 2012, como o Ravi, o Caíque, a Isabel, a Laís…
A OBMEP é um projeto realizado pelo Governo Federal que tem como objetivo estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. Este é o oitavo ano em que ela é realizada. A prova da segunda fase acontece no dia 15 de setembro. No dia 30 de novembro, saem os resultados. Torcida forte!

Agenda da Setembro de 2012. Anote! Participe de tudo!
Mês da primavera, com dias floridos. Anote o que já temos agendado para setembro no Amorim Lima!

De 6 a 13 – Reconstrução da OPY com os Guarani
Dia 12 – Passeio à Aldeia Krukutu – das 8h às 18h, turmas do Ciclo II
Dia 13 – Passeio ao Mirante da Cratera – das 7h às 12h30, turmas dos Ciclos I e II
Dia 14 – passeio ao Solo Sagrado, sede da Igreja Messiânica do Brasil, para o mapeamento de locais pouco conhecidos de São Paulo
Dia 15 – Acantonamento a partir das 15h até as 9h do dia 16 de setembro – 5º ano da manhã
Dia 17 – reunião de Representantes com a Ana Elisa, às 18h. Pauta: Festa da Cultura
De 24 a 28 – Semana da Cultura, com o Tema América Latina
Dia 25 – Assembleia de Pais, às 19h30. Aberta a toda a Comunidade
Dia 26 – Entrega das doações para o Cuzcuz da Festa da Cultura
Dia 28 – Mutirão da Festa da Cultura – a partir da 18h00. Traga lanche coletivo
Dia 29 – Festa da Cultura, das 11h às 18h – aberta a toda a Comunidade
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Projeto Vivendo USP com as turmas de 9º ano

Reforma da OCA – mão na terra para arrumar as paredes
– Terezita e a Tearte (escola de educação infantil) doaram o dinheiro da mão de obra dos guaranis – as crianças da Tearte irão ao Amorim conferir os trabalhos
– um pai da escola doou dinheiro para ajudar no transporte das folhas de sape que vieram da Aldeia
– uma ex-mãe da escola soube da reforma pela fanpage do Facebook do Amorim e doou dinheiro para compra de materiais da reforma
– uma turma de tutoria da escola arrecadou com os alunos dinheiros e conseguiu comprar ferramentas para a reforma
– uma mãe conseguiu doação de madeiras e ripas e outra conseguiu doação de arame e pregos
– uma mãe agilizou a compra de terra vermelha para fazer as paredes
– algumas famílias levaram alimentos para os guaranis fazerem refeições na escola nos dias de feriadol. Levaram também lençóis, cobertores, tv e travesseiros para a estadia deles
Se todo mundo ajuda um pouco, todo mundo sai ganhando! E é por isso que a gente insiste: venha fazer parte da Comunidade Amorim Lima. Esse lugar é mágico e pode ficar ainda melhor se você estiver aqui.
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Reforma da OCA: todos estão ajudando
Sua ajuda, com doações para os índios guaranis também será muito útil – roupas e alimentos não perecíveis devem ser levados diretamente à escola. Ainda não sabe como ajudar? A lista está aqui.
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Aprenda a fazer o Bolo de Cenoura da Morena
Na semana passada, todos os alunos do primeiro ano colaram no caderno a receita de Bolo de Cenoura da Morena. A Morena é uma aluna de 6 anos, do período da matutino, muito comunicativa. E, no primeiro semestre, ela decidiu que, no aniversário da diretora, Ana Elisa, todos deveriam fazer uma festa com bolo. E se ofereceu para levar o bolo! Com a ajuda do pai, Morena fez a receita da vó Elisa – foi um bolo para mais de 60 pessoas. Todo mundo gostou tanto que quis aprender a fazer.
Agora, você também pode fazer o Bolo de Cenoura da Morena em casa. Fiz para testar e postar aqui no site. Garanto: é macio e saboroso.
Ingredientes
PARTE 1
Duas cenouras médias descascadas
5 ovos
1/2 xícara de óleo
Uma pitada de sal
PARTE 2
1 e 1/2 xícara de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
Uma colher de siopa de fermento em pó
PARTE 3
Duas colheres de sopa de margarina
Duas colheres de sopa de Chocolate em pó
Duas colheres de sopa de água
6 colheres de sopa de açúcar
MODO DE FAZER
Bater a PARTE 1 no liquidificador
Misturar a PARTE 2 em uma tijela
Misturar PARTE 1 e PARTE 2
Colocar a massa em uma forma untada com manteiga
Assar em forno pré-aquecido em temperatura de 180º
Enquanto assa, misturar PARTE 3 até formar uma massa homogênea
Retirar o bolo do forno, passar a mistura da PARTE 3 e esperar esfriar
Precisamos de material para restaurar a OCA. Você pode ajudar!
O Amorim Lima é uma escola privilegiada. Tem, no seu enorme quintal, uma OCA construída por índios guaranis. Aquele é um símbolo do contato da escola com a cultura indígena, serve para mostrar aos alunos um método diverso de construção, além de ser usado como espaço para algumas aulas e oficinas. Mas a nossa OPY, a Casa de Reza Guarani, ou como chamamos nós, a Casa de Cultura Guarani ou OCA, está muito muito destruída e precisa de restauro.
Quase toda a parede que dá para a Av. Corifeu de Azevedo Marques está quebrada, com buracos enormes.
Dentro tem troncos quebrados, pregos ,madeiras, pedras…e o telhado tem várias partes sem a cobertura de Sapê. A escola, normalmente na semana que antecede a Festa dos Povos Originários, consegue que os índios guaranis venham para trabalhar na reforma da OPY, mas este ano não foi possível por falta de recursos…
Recentemente recebemos uma linda oferenda: a Terezita, da escola Tearte se prontificou a fazer uma doação para a reforma da OPY. Esta doação seria para pagar os índios guaranis pelo trabalho.
Mas nós da escola temos que conseguir o material para a Reforma e o transporte dos índios até aqui, pois eles trarão as folhas de sapé para refazer o telhado.
Segue então a lista dos materiais necessários para a reforma da OPY. Por favor precisamos de ajuda para:
– fazer orçamento destes materiais para sabermos se a escola pode bancar
– se alguém conhecer empresa que venda estes materias a bom preço
– alguém que se disponha a solicitar doação destes materiais – isso será muito muito bem vindo!
O ideal é que a reforma comece antes no iníco de setembro, e que a OPY possa ficar pronta para Festa da Cultura no dia 29 de setembro.
LISTA DE MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A REFORMA DA OPY
– 2KG DE PREGO COM CABEÇA 17X21
– 2KG DE PREGO COM CABEÇA 18X27
– TERRA VERMELHA SEM PEDRAS – ( quantidade a definir- mas é MUITO!)
– 1 ROLO DE ARAME 18 GALVANIZADO
– 50 TRONCOS DE MADEIRA COM DIMENSÕES: 10CM POR 3 METROS
– 5 TRONCOS DE MADEIRAS COM DIMENSÕES: 12CM POR 4 METROS
– 40 BLOCOS DE CIMENTO
– 150 RIPAS DE MADEIRA DE 5M
Ferramentas necessárias:
– serrote
– escada grande
– enxada
– pá
– carrinho
– mangueira
O que os guaranis vão trazer: martelo, facão, alicate e 10 folhas grandes de sapê para o telhado
QUEM PUDER AJUDAR POR FAVOR ENTRE EM CONTATO COM Fernanda haucke (fe.haucke@companhiadofeijao.com.br) celular: (11) 984983407
Festa da Cultura 2012: Aprenda a fazer o Pão do Morto
A tutoria da professora Regina Munhoz está estudando a comemoração do Dia dos Mortos no México. Esse trabalho faz parte da Festa da Cultura 2012, que acontecerá no dia 29 de setembro e terá como tema a América Latina. Uma das atividades dos estudantes foi descobrir como é feito o Pão do Morto, uma das delícias que são servidas durante a festa mexicana.
Abaixo, você descobre como fazer. A Terezinha deu uns toques na receita original e parece que ficou incrível. Será que dá para tentar em casa?
Pão do Morto – Dia dos Mortos – México
(Pan de muerto)
Ingredientes:
1 colher de chá de anis estrelado
3 colheres de sopa de água
10 gramas de fermento biológico seco
½ xícara de leite morno
3 ½ xícaras de farinha de trigo peneirada
1 colher de chá de sal
50 gramas de açúcar
1 xícara de manteiga derretida
6 ovos levemente batidos
1 colher de sopa de água de flor de laranjeira
1 ovo batido
Raspas de uma casca de laranja
Açúcar comum ou açúcar vermelho (para cobertura)
Modo de Preparo
Na noite anterior, coloque as sementes de anis com três colheres de sopa de água em uma panela. Espere ferver, desligue o fogo e deixe descansar o resto da noite até o dia seguinte. No dia seguinte, tire as sementes e as separe. Salpique o fermento sobre o leite morno, adicione a água do anis, adicione açúcar, adicione um pouco da farinha de trigo, o suficiente para fazer uma massinha leve e bem mole. Deixe descansar em um lugar aquecido até que ela cresça e dobre de volume. Em uma tigela grande coloque o restante da farinha de trigo peneirada, com o sal. Bata a manteiga derretida em ponto de pomada com os seis ovos, adicione a água de flor de laranjeiras e as raspas da casa da laranja, com tudo isso na tigela acrescente a massa que dobrou de tamanho e amasse tudo até obter uma massa elástica e lisa. Cubra com um pano úmido e deixe descansar por uma hora ou até que dobre de tamanho.
Depois de crescer, divida o pão e faça a decoração que quiser. No México eles fazem tiras de pão lembrando ossos.
Depois de se deliciar com o Pão dos Mortos, os alunos ainda leram um texto sobre a culinária mexicana e pensaram um pouco sobre ela. Abaixo, o texto e as perguntas que a professora Regina distribuiu para os estudantes.
Culinária mexicana
“Nem só de nachos, guacamoles e burritos vive a cozinha mexicana. Muito pelo contrário. Não é fácil encontrar uma cozinha tão variada e sugestiva. Os primeiros espanhóis que chegaram ao México descobriram uma culinária absolutamente nova: o tomate, o pimentão, o chocolate, o feijão, a abóbora, o milho, o cacau e o peru eram produtos desconhecidos no Velho Mundo. A partir do descobrimento, passaram a ter lugar de honra nos seus hábitos culinários. Da mesma forma, mas no sentido inverso, o
México conheceu a carne suína, o frango, o cordeiro, as laranjas, produtos levados pelos espanhóis para o Novo Mundo. Com a combinação desses ingredientes, nasceu uma cozinha cheia de surpresas: desde as preparações com o marlin até os moles, do pozole ao pargo, das tortillas à birra ou ao cogumelo negro. […] Segundo velhos costumes pré-colombianos, os mexicanos transformam o dia de finados numa festa que gira em redor da cozinha. Este pão (Pan de muerto), decorado com imagens de ossos e caveiras coloridas, faz parte das oferendas deixadas nos cemitérios.”
Fonte: Cozinha país a país – México – Folha de São Paulo – 2006, p. 48.
Para pensar e escrever:
Quais alimentos são originários do México?
Quais alimentos foram levados pelos colonizados para o
México?
Observe os ingredientes da receita do Pão do Morto e comente-os dentro de um contexto histórico.

Esquenta Festa da Cultura – A poesia de Pablo Neruda
“Se nada nos salva da morte, ao menos que o amor nos salve da vida”
Pablo Neruda

A beleza do que escreveu Pablo Neruda será estudada pela tutoria da educadora Elisangela Costa, a Elis. Sensibilizar os alunos para a poesia, conhecer o momento político da época da morte de Neruda e conversar sobre a sua relação com Salvador Allende é o objetivo da tutoria, que tem estudantes de 5ª e 6ª série.
Abaixo, conheça uma das poesias que os alunos estão estudando. Essa e muitas outras estarão na Festa da Cultura 2012, no dia 29 de setembro. O tema, você já sabe, é a América Latina.
Tarde – poema LXIX
Talvez não ser é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando o meio dia
como uma flor azul, sem que caminhes
mais tarde pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer a minha vida,
rajada de roseira, trigo do vento,
e desde então, sou porque tu és,
e desde então és, sou e somos,
e por amor serei, serás, seremos.
(trad.: Eliane Zagury)
Cenas do Amorim – sorrir na aula de geometria
É possível desenhar os sólidos na lousa ou distribuir peças prontas para as crianças com as formas que se quer mostrar. Mas é muito melhor pedir que eles construam os seus próprios sólidos geométricos. Como estão fazendo esses alunos do 4º ano. Usando canudinhos, eles montam as formas que quiserem enquanto se divertem comparando o que cada um inventou, como mostra a foto enviada pela professora Simone de Castro.
Cenas assim, você só vê no Amorim. (Ah…até vê em outros lugares, mas aqui é mais legal…)
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Alunos do Amorim passeiam na Bienal do Livro
Dois ônibus cheios e muita empolgação. Na sexta-feira, 90 alunos do Amorim foram circular no mar de livros do Anhembi. E, como sempre, voltaram cheio de histórias. A tutora Anna Cecília contou algumas delas:
– Gustavo, da tutoria da Maria Isabel, achou um livro para dar para a mãe (e disse que o livro é a cara dela): “Meu Filho Só Come Besteira”;
– A Luana, da tutoria da Anna Cecília, trouxe um livro com histórias das fadas para a irmãzinha.
– As amigas Giovanna e a Alice compartilharam a compra de um livro (cujo tema era legal para as duas). Cada uma pagou a metade.
– Gabriel Felipe e Bruno também viraram sócios em um livro. O livro que eles compartilham é sobre carros.
– O André Chapui encontrou uns Mangás bem raros do Naruto (agora, ele completou sua coleção)
Alguns alunos do Ciclo II receberam tabelas para anotarem os livros interessantes que viram, nomes dos autores, título, editora e outras informações para exercitar sua prática leitora, que é muito importante para a construção do conhecimento e do saber.
Alunos do 1º ano fazem uma visita ao Planeta Inseto
Eles voltaram empolgados e contaram coisas que talvez você não saiba:
– As formigas não comem folhas! Elas dão as folhas para um fungo comer e, depois, elas comem o fungo!
– O bicho da seda solta a seda pela boca!
– O bicho pau fêmea é grande e forte. O bicho pau macho é pequeno e frágil!
– Os cupins bebem um líquido que existe em todas as plantas!
O passeio fez parte da disciplina Arte com Ciência, coordenado pela educadora Massumi. Tanto o grupo da manhã quanto o da tarde foram ao Museu do Instituto de Ciências Biológicas, apelidado de Planeta Inseto. O museu fica em uma casa antiga e tem um imenso quintal. É um passeio muito gostoso de fazer. E o melhor: gratuito!

Exposição Planeta Inseto
Onde: Museu do Instituto Biológico
Endereço: Rua Amâncio de Carvalho, 546 – Vila Mariana, São Paulo/SP
Quando: De terça a domingo, das 9h às 16h
tel (11) 2613-9500 e (11) 2613-9400
Cenas do Amorim – a busca de um dono para esta cachorrinha
_ Você gostaria de adotar uma cachorrinha?

Na manhã de sexta-feira, o aluno João Francisco fez essa pergunta a todos os pais que encontrava em frente ao Amorim Lima. Carregando a cachorrinha, que ele tinha visto a vagar perdida pela região desde o começo da semana, ele estava decido a encontrar um dono para ela. “Ficaria com ela com a maior boa vontade, mas tenho dois cachorros muito territorialistas em casa…”. A cachorrinha, segundo João, é uma mistura de Vira-Lata com Pintcher.
Cenas assim, você só vê no Amorim.
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Princesa Asteca e outros posts sobre a América Latina
A Festa da Cultura 2012, no Amorim Lima, será sobre a América Latina. Por isso, alguns tutores estão desenvolvendo pesquisas sobre política, costumes e história latinoamericanas. O Blog América Latina-Festa da Cultura 2012 traz alguns posts sobre o tema. Um deles é a indicação do livro Xochiquetzal: uma princesa asteca entre os incas, de Gerson Lodi-Ribeiro (Editora Draco, 144 págs., R$ 28,90). No blog, você encontra um resumo da história fictícia da princesa asteca que teria sido levada a Lisboa para ser educada como cristã.
Acompanhe o blog e faça sugestões de temas que podem ser abordados ali. E, caso queira dar um mergulho ainda mais intenso na Cultura Ameríndia venha participar da Oficina de Música e Cultura Ameríndia com o professor Marcos Ferreira dos Santos. As aulas, gratuitas acontecerão nos seguintes dias:
Em agosto, dias 15 e 29
Em setembro, dias 12 e 26
Em outubro, dias 10 e 24
Em novembro, dias 7 e 21
Sempre das 18h às 19h30, no Amorim
Aulas gratuitas de capoeira no Amorim Lima
Os mestres coordenadores do grupo Ceaca – Centro de Estudos e Aplicação da Capoeira -, que funciona aqui na escola, convidam todos a praticar Capoeira. As aulas vão muito além do exercício físico: elas trazem uma vivência saudável, respeito às diferenças, cuidado com o outro, além de noções de Ciranda, Côco de Improviso e Maculelê.
As aulas são gratuitas. Veja os horários, apareça e inscreva-se diretamente com os professores:
Terças e Quintas:
Das 18h15 às 19:00 – turma do Esquilo, para crianças até o 4º ano.
Das 18h15 às 19h30 – turma do Pança e do Paulinho, para adolescentes
Das 18h15 às 19h30 – turma do mestre Alcides, para adultos
Sábados:
Das 10h00 às 11h30 – vários professores, para público geral
E, no último domingo de cada mês tem Roda de Capoeria na Praça Elis Regina, das 10h30 às 11h30. A Roda é aberta a todos que gostam de jogar, cantar, tocar ou apenas olhar.
Conheça a Oficina Arte Com Ciência
Se alguém pedir que você desenhe uma folha de planta, que desenho você fará? Provavelmente, o desenho abaixo, não é?
Pois no Curso de Arte Com Ciência, ministrado pela arquiteta Massumi e pela veterinária Vânia, os alunos do primeiro ano, aguçaram o olhar para “enxergar” muitos outros tipos de folhas… Pontudas, compridas, gordinhas, redondas, triangulares…
A Oficina Arte Com Ciência, que acontece uma vez por semana para os alunos do primeiro ano do Amorim Lima (manhã e tarde), tem como proposta aproveitar a curiosidade das crianças e desenvolver neles um “olhar pesquisador”. A história do desenho das folhas é apenas um exemplo. As folhas – de vários tipos – estão aí, o tempo todo, na nossa frente. Mas nosso cérebro se acostuma a desenhar sempre o mesmo tipo de imagem. Se aguçarmos nosso olhar pesquisador e nossa curiosidade pelo mundo, começaremos a notar as diferenças.
Foi com uma apresentação estimulante que a educadora Massumi mostrou na reunião de pais todas as atividades desenvolvidas com as crianças ao longo do primeiro semestre. Ela contou, por exemplo, que as crianças acompanharam e catalogaram o crescimento de algumas plantas, descobriram sobre os microorganismo (fazendo uma divertida coleta de material sobre as mesas, nas paredes, nos próprios pés e nas mãos para ver como fungos se desenvolviam em placas de Ágar – recipientes cilíndricos que os biólogos utilizam para observar crescimento de cultura de micróbios). Cada etapa culminava em um trabalho de reprodução artística com colagem, pintura ou desenho. Os alunos ainda fizeram pão para descobrir, entre outras coisas, que o fermento é um microorganismo do bem e faz a massa crescer.
Uma exposição, no corredor da sala do primeiro ano, deixou à mostra o resultado do que as crianças aprenderam nesta oficina incrível. No segundo semestre tem mais. Que bom!
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Um passeio no Anima Mundi 2012
Três ônibus, disponibilizados pela prefeitura, levaram alunos do Ciclo II e do quarto ano do Ciclo I para o Festival Anima Mundi. Os estudantes foram conferir filmes de animação. Para alunos de Escolas Públicas inscritas as entradas são gratuitas. O Festival Anima Mundi, em sua 20 edição no Brasil, tem cerca de 400 filmes (80 deles, brasileiros). Em São Paulo, o Anima Mundi acontece até o dia 29 de julho, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, das 9h às 23 h. E os ingressos custam R$ 8 e R$ 4 (meia).
A escola está um brinco! Tudo renovado para a volta às aulas
Aprenda a bordar na Oficina Encontro de Bordados
A partir de agosto, as mulheres da Comunidade Amorim estão convidadas a passar momentos fantásticos bordando na escola. Com a Oficina Encontro de Bordados, a ideia é resgatar a arte das linhas e agulhas com muita descontração. Mariana Acioli coordenará o grupo. Traga linha, agulha e tecido e basta aparecer. A Oficina acontecerá todas as quintas-feiras, a partir de 02 de agosto de 2012, das 18h às 20h.
Participe também das Oficinas de Capoeira e de Cultura Ameríndia
Crianças fizeram a colheita na horta do Amorim
Você se lembra do trabalho realizado na horta no final de abril? Na semana passada, os frutos…ou melhor, as verduras…foram colhidas. Sob orientação de Adelina Carneiro, os alunos da tarde da Oficina de Educação Ambiental retiraram o que já estava no ponto e levaram para a cozinha. Lá, tudo foi higienizado, preparado e servido no jantar. O acompanhamento de todo o ciclo faz as crianças atentarem para o tempo da natureza, preocuparem-se com o cuidado com as plantas e valorizarem os alimentos.



Faça capoeira aos sábados, no Amorim
As aulas começam no dia 19 de maio e são gratuitas. Os mestres, coordenadores do grupo Ceaca – Centro de Estudos e Aplicação da Capoeira -, que funciona aqui na escola, preocupam-se em mostrar como a Capoeira traz uma vivência saudável, respeito às diferenças, cuidado com o outro. Você ainda terá noções de Ciranda, Côco de improviso, Maculelê e Samba de Roda. Inscreva-se com o Mestre Alcides ou Dorival, no Amorim. O público alvo são pessoas maiores de 10 anos. Aulas aos sábados, das 10h às 11h30.
Jantar para as mães acontece nesta sexta
Sexta-feira, dia 11 de maio, todas as famílias do Amorim estão convidadas para o Jantar em Homenagem às Mães. Se você ficou com água na boca só de olhar a foto acima, apareça. O prato principal é a polenta com ragu. Os alunos apresentam seu carinho para as mães em forma de poesia e dança. Começa às 19h.
Oficina de Música e Cultura Ameríndia
Participe da Oficina de Música e Cultura Ameríndia, com o professor Marcos Ferreira dos Santos, folklorista, arte-educador e pedagogo da Faculdade de Educação da USP. É gratuito! Os encontros realizados para todos os alunos serão realizados a cada 15 dias, sempre das 18h às 19h30, aqui no Amorim. Acompanhe os dias de encontro do segundo semestre:
Em agosto, dias 15 e 29
Em setembro, dias 12 e 26
Em outubro, dias 10 e 24
Em novembro, dias 7 e 21
Você tem perfil no Facebook? Oba! Curta a página de fãs do Amorim (WWW.facebook.com/EMEF.Desembargador.Amorim.Lima) para ficar sabendo dos projetos que acontecem por aqui.
Oficina de Grafite
Oficina de Grafite
As oficinas serão coordenadas por Silvio Vinícius Martucci e Wilson Cezar Bento.
Serão oferecidas duas turmas:
- Terças-feiras, das 18 às 20 horas, a partir de 18 de agosto.
- Quintas-feiras, das 18 às 20 horas, a partir de 20 de agosto.
Serão 7 encontros, e as inscrições estarão abertas a partir da primeira semana de agosto.
Oficina de Xadrez
Iniciando a Oficina de Xadrez no Amorim Lima
Abertas as inscrições aos interessados em coordenar a oficina, acabei sendo escolhido, por unanimidade, para o exercício desta função! Tudo bem, reconheço que fui o único a me inscrever, mas isto é irrelevante já que o importante é a oficina e não quem está responsável por ela.
“Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas realmente” eu queria saber qual seria o objetivo desta oficina. Ensinar o jogo, treinar para competições, ou desenvolver um trabalho que auxiliasse o desenvolvimento de competências de aprendizagem? Depois de conversar com muita gente, e isto até que faço bem, cheguei à conclusão que o ideal, num primeiro momento, seria a oficina propiciar aos estudantes situações que possibilitassem o aprendizado básico do jogo: tabuleiro, peças, movimentos, regras, alguns tipos de finalização e noçoes de abertura. Quem sabe, num segundo momento, com professores mais adequados, seja possível propiciar aos estudantes voos maiores.
Tudo definido, chegara o momento de colocar a oficina para funcionar. Neste ponto contei com o apoio de muita gente na escola, sendo que dois casos necessitam de um agradecimento especial. O primeiro é para o Alexandre Hodapp, pai de um aluno do 2o. ano da manhã, que desenvolveu um material de divulgação belíssimo, o cara é uma fera! O outro agradecimento vai para o Giovanni Moreira, pessoa da equipe de apoio do Amorim, candidato a físico e amante do xadrez, que separou e me passou um material muito legal sobre o ensino do “jogo dos reis”.
E as aulas começaram esta semana. Bem, mais ou menos, tive um problema e não pude estar na primeira aula da segunda-feira. Mas na terça-feira a coisa começou a andar, e com nove alunos tivemos uma conversa sobre o xadrez seu funcionamento o tabuleiro e algumas peças. Tudo para mostrar que o “jogo dos reis” é para todos. Semana que vem pegaremos o tabuleiro e desenvolveremos atividades relacionadas ao seu conhecimento.
Abraços,
Lúcio Ferreira
A casa da Palavra
A Casa da Palavra
Esta iniciativa integra o Prêmio de Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de
Cultura
Projeto coordenado por Priscilla Ermel
Objetivo:
Desenvolver junto ao Ponto de Cultura “Oficinas Culturais Amorim Lima” um trabalho de criação lítero-musical contemporâneo, tendo por fundamento os procedimentos e valores oriundos das culturas de tradição oral.
Isso significa que as ações criativas prescindem de qualquer instrumento de registro grafado ou gravado por meios externos, apoiando-se essencialmente num trabalho de aprendizado, cultivo e desenvolvimento das habilidades da memória oral. Estas habilidades envolvem fundamentalmente a voz-corpo com seus inúmeros tipos de cantos, falas e correspondentes performances expressivas (gestos, danças, teatralização, contação de histórias, rituais…) Também os instrumentos musicais, com suas características sonoras e simbólicas específicas, devem participar do processo criativo, dando suportes rítmicos, melódicos, timbrísticos e harmônicos, ora criando contrapontos, ora compondo um “cenário” propício para determinadas expressões culturais.
Tal como nas sociedades da oralidade, nesta experiência estética, a ação criativa nasce das necessidades individuais e/ou coletivas com base em referências locais da comunidade, podendo-se expandir até onde o horizonte dos desejos e do conhecimento possam ir, desde que seja de maneira significativa, isto é, com real capacidade expressiva e comunicativa.
Neste contexto, as interações estéticas entre a artista residente e o ponto de cultura em questão irá se pautar pelo diálogo criativo e abrangente de repertórios lítero-musicais tendo, como ponto de partida, elementos do cancioneiro popular paulistano, o qual, por sua própria natureza histórica cosmopolita, é especialmente rico em influências estéticas de diferentes culturas, diferentes falas sonoras: portuguesas, árabes, tupi(s), italiana, guarani, francesa, espanholas, inglesas, yorubá, bantu e de outras etnias africanas, … e ainda falas sonoras miscigenadas que já adquiriram personalidades próprias, tais como a caipira, cabocla, caiçara, que se entrelaçam com as regionais: maranhenses, pernambucanas, paraibanas, mineiras e paulistas (do interior) entre outras.
Neste universo sonoro, tipicamente brasileiro, naturalmente podemos criar e recriar formas musicais tais como jongos, sambas, valsas, modinhas, maçambiques, toadas de Bumba-Boi?, candombes, congos, ladainhas, fandangos, batuques, cirandas, choros, maxixes, xotes, marchas, ranchos, frevos, maracatus, modas-de-viola, carurus, catiras, ijexás e também rock, hip-hop, funk e blues. A riqueza das formas musicais que povoam São Paulo é enorme; há inúmeras culturas migrantes e imigrantes em constante movimento de ressignificação, que buscam a expressão de sua identidade através do diálogo com o outro que, às vezes, o escuta e o acolhe.
Nesta perspectiva, o objetivo deste projeto é trabalhar o contexto cultural de cada manifestação lítero-musical que irá surgir no processo criativo das pessoas, grupos e/ou comunidade, colocando o humano como o centro irradiador e receptor de um fazer artístico diferenciado, onde a palavra da música, dos gestos, das letras… enfim, a palavra das atitudes, quando proferida, seja ouvida, respeitada e reverenciada como expressão plena de um poder artístico transformador que todos nós possuímos e devemos cultivar.
Para atingirmos este fim, objetivamos realizar inúmeras interações estéticas através das ‘oficinas da oralidade’, prevendo obter como produtos finais:
- 1. Construção da Togu’na: A Casa da Palavra dentro do espaço da escola e realização do respectivo ritual de iniciação.
- 2. Produção coletiva de um livro/CD relatando a experiência da residência artística sob diferentes pontos de vista e de escuta.
- 3. Produção coletiva de um vídeo documentário sobre o processo criativo das ‘oficinas da oralidade’ e a construção da Togu’na: A Casa da Palavra.
- 4. Realização de um evento cultural aberto à toda a comunidade, no qual serão compartilhados os processos e resultados do projeto através de:
– vivências e interações estéticas entre os participantes na Togu’na.
– exibição do Vídeo: “A Casa da Palavra”.
– leitura interativa de um livro/CD.
Justificativa:
Introdução
Nas culturas de tradição oral que inspiram este trabalho, a noção de arte se desvanece diante de um cotiano impregnado de “fazeres artísticos”. A música invade praticamente todas as ações – rituais e/ou triviais (cotidianas) – dando e ampliando o sentido de cada gesto vivido. Nesta perspectiva, a arte não é mero entretenimento, mas cultura, em seu sentido pleno, isto é, de cultivo, ação que requer um trabalho contínuo e cuidadoso.
De maneira geral, compreende-se sociedades da oralidade como sendo aquelas que fundam sua existência no conhecimento transmitido de boca a ouvido, de mestre a discípulo por meio da palavra. O próprio conceito de tradição oral tem sido definido como “um testemunho transmitido oralmente de uma geração a outra.” Dessa forma, a idéia de tradição oral abarca a de transmissão oral do conhecimento. No entanto, é importante observar que a transmissão oral refere-se mais ao procedimento, enquanto que o conceito de tradição oral implica num conjunto de valores mais específicos, nos levando à discussão de quando, porquê e como essa transmissão ocorre; que tipo de conhecimentos e realidades ela veicula; quem são, e quais as características de seus transmissores; e também, como uma sociedade se constrói tendo, como alicerce, a palavra.
Referindo-se à tradição oral africana da qual é herdeiro, Hampaté Bâ explicita: “Fundada na iniciação e na experiência, a tradição oral conduz o homem à sua totalidade…” “Lá onde não existe a escrita, o homem está ligado à palavra que profere. Está comprometido por ela. Ele é a palavra, e a palavra encerra um testemunho daquilo que ele é. A própria coesão da sociedade repousa no valor e no respeito pela palavra.”
Essa palavra à qual Hampaté Bâ se refere, trespassa o universo restrito da fala implicando num universo mais amplo de ações e significados propostos pelas sociedades da oralidade. Como assinala Leite , nestas sociedades, “a palavra é, sem dúvida, instrumento do saber, mas sua condição vital lhe garante o estatuto de manifestação do poder criador como um todo, transmitindo vitalidade e desvendando interdependências. Sua capacidade de comunicação possui essência diversa daquela proposta pela escrita.”
Assim, é importante perceber que o que caracteriza as sociedades da oralidade não é simplesmente o fato destas prescindirem da escrita, mas a maneira diferenciada como elas concebem sua própria existência. “A oralidade é uma atitude diante da realidade e não a ausência de uma habilidade.”
Esta atitude revela-se, por exemplo, no fato de a música se inserir em praticamente todos os momentos decisivos da vida destas sociedades. Encontramos música nos processos de preparação da terra, sacralização, semeadura e colheita; na administração, circulação e distribuição dos bens nos mercados e em rituais de troca; nas fases iniciáticas dos processos de socialização (ritos de passagem e de permanência); nos atos que marcam a alteração de papéis sociais (nascimento, casamento e morte); e ainda nas práticas de diagnóstico e cura
A Oralidade no Brasil Contemporâneo
Em mais de vinte anos de atuação artística e pesquisas aqui e no exterior, tenho observado que o Brasil apresenta uma composição única na sua cultura musical onde, aliada às formas contemporâneas de transmissão do conhecimento, mantém-se vivos vários aspectos da tradição oral. Estou convencida de que estes aspectos são exatamente os elementos fundamentais responsáveis pela vitalidade de nossa música.
Esta vitalidade tem sua referência cultural, ancestral e histórica na noção indígena tupi-mondé de ti, a alma, a vida que anima todos os seres vivos, e também na noção negro-africana de força vital, compreendida como uma “energia inerente a todos os seres que faz configurar o ser-força ou força-ser, não havendo separação possível entre as duas instâncias, que, dessa forma, constituem uma única realidade.”
A noção de força vital implica uma capacidade específica de nos relacionarmos com determinada energia universal (e ancestral), de tal forma que as ações sociais devem conseguir materializar sua potencialidade criadora original. Neste contexto, a própria noção de pessoa proposta pelas sociedades da oralidade, não pode ser dissociada da força vital, que é o elemento primordial da existência da pessoa. Enquanto que a palavra, seja ela manifesta em música, fala, gestos,… é considerada como a expressão plena dessa simbiose entre a pessoa e a força vital.
Assim, ao trabalharmos nas “oficinas da oralidade” a dinâmica da palavra e as diferentes formas de apreensão e transmissão oral de um dado conhecimento lítero-musical, estaremos trabalhando este complexo indissociável de conceitos que abrangem a noção de pessoa, força vital e palavra.
Por esta via, acreditamos que a música se transforma numa porta, um portal expressivo sutil e poderoso que pode nos levar à compreensão das diferenças enquanto cria condições singulares para a expressão e construção de talentos e identidades individuais e/ou coletivas, despertando a consciência da sobrevivência, em nossa cultura miscigenada, dessa dimensão vital da música.
Dessa maneira, trazer à tona os inúmeros elementos que compõem estas manifestações sonoras é uma das formas de reatar os laços entre a contemporaneidade da música brasileira e sua ancestralidade africana, indígena, européia e médio-oriental, questionando os elementos da memória oral: sua dinâmica, características, sustentabilidade e diálogo com os atuais processos tecnológicos de criação, registro, seleção e transmissão de informações e saberes.
Interação e Integração com a Dinâmica de Ações do Ponto de Cultura
O plano de trabalho do projeto está fundado no objeto central do Ponto de Cultura “Oficinas Culturais Amorim Lima” que se propõe a desenvolver oficinas culturais e atividades que envolvam a comunidade, incentivando o desenvolvimento de novos talentos a partir da consciência de si e da construção de uma identidade cultural consistente e significativa. Assim, trabalhando tanto na grade curricular acadêmica como no espaço extracurricular, as ações aqui propostas pretendem impulsionar concepções estéticas e expressões culturais já existentes na comunidade a que se destina, bem como propor novas experiências artísticas, compreendidas como “novos caminhos criativos de nos relacionarmos com o mundo”.
Estes “caminhos”, tradicionalmente pisados por inúmeras culturas da oralidade, articulam organicamente em suas manifestações estéticas, as linguagens artísticas da música, dança, teatro, poesia, teatro, literatura oral e artes plásticas. As percepções do mundo sensível, sejam elas sonoras, visuais, tácteis, olfativas ou mesmo palatáveis, se entrelaçam num todo pleno de significados. Não é à toa que nas sociedades da oralidade, ritos de iniciação e festas religiosas sejam acontecimentos múltiplos, envolvendo comidas, vestimentas e ornamentos, performances, músicas, danças, falas e cantos específicos…. enfim, todo um aparato simbólico preciso e precioso que se traduz e se comunica através de elementos que nós denominamos de artísticos.
Dentro desta concepção de arte, todas as questões se cruzam: educação, cultura, identidade, tradição e contemporaneidade. Por exemplo, nos exercícios de percepção e improvisação criativa, iremos aprender que não somente os instrumentos são portadores de mensagens advindas das palavras, como as próprias estruturas musicais são, na maioria das vezes, concebidas a partir das vozes humanas e/ou de seus ancestrais. Assim, a noção de força vital de uma “expressão artística” atravessa a matéria sonora alinhavando-a à sua realidade histórica, à sua origem mítica e à trama de significados que as pessoas, grupos, comunidades lhes conferem.
Num segundo momento do trabalho nas “oficinas”, passamos a compreender como a noção da palavra refere-se a um conjunto de enunciados e atitudes que abarcam praticamente todos os âmbitos da vida. Através de vivências criativas e interações estéticas, poderemos perceber como a força vital inerente a essa palavra remonta ao fato dela estar vinculada às ações cotidianas no momento presente, ao testemunho e à memória; enfim, ações e dizeres que entrelaçam e sustentam a vida em sociedade.
Considerando que o Ponto de Cultura “Oficinas Culturais Amorim Lima” é o único no Brasil que existe dentro de uma escola pública propondo um trabalho cultural que transborda os parâmetros educacionais clássicos da relação professor/aluno para fazer ressoar, na esfera da comunidade de pais, amigos, colaboradores e moradores da região, várias das questões acima mencionadas, prevemos que a nossa residência artística irá colaborar de maneira significativa na “construção de novos paradigmas para a formação e o exercício da cidadania de um ser humano íntegro e integrado – consigo, com o outro, com o meio ambiente.”
Nestes novos paradigmas, a arte é fundamental porque é fundamento. Ela está na base da elaboração do mundo sensível da pessoa. É através da arte que construímos nossa percepção e relação com o mundo externo e também com o nosso mundo interior. Ela é via expressa de expressão do nosso ser, dando-lhe forma, existência, numa dimensão estética que permite a manifestação de um diálogo em níveis profundos do ser. E é importante lembrar que nem tudo o que se manifesta na arte é compreendido pela razão ou pelo intelecto. A arte é experiência, aqui compreendida como iniciação, transformação, ação de atravessar fronteiras.
Neste sentido, pretendemos dar continuidade às preocupações do Ponto de Cultura “Oficinas Culturais Amorim Lima” de inserir as ações rituais em seus contextos culturais e educacionais. Se toda expressão artística envolve diferentes níveis de aprendizagem e desenvolvimento da pessoa – coordenação motora, capacidade de concentração e discernimento, criatividade – a música é especialmente generosa em sua capacidade educacional pois tem a habilidade de fazer confluir diferenças e diferentes, num infinito processo de transformação da matéria sonora. Ela trabalha o sensível diretamente. Assim, a partir dos próprios parâmetros musicais – harmonia, timbre, ritmo, consonância, dissonância e ressonâncias – poderemos trabalhar o humano. Por exemplo, através de exercícios de improvisação, poderemos vivenciar não só importantes questões musicais e estéticas, como também trabalhar aspectos como autodisciplina, respeito, tolerância, capacidade de compartilhar, criar, refletir, ouvir… Vale salientar que a proposta deste ano apresentada pelo Ponto de Cultura é trabalhar a questão ritual das ‘rodas das palavras’: rodas de choro, de samba, de capoeira; rodas em torno do fogo, da comida; rodas de dança, de brincadeiras; rodas de prosa e conversas. Dentro desta dinâmica, nosso projeto se insere organicamente, colaborando na dissolução da relação palco-platéia, artista-público, reconstruindo outros espaços de expressão artística, outras possíveis relações e hierarquias da palavra.
Ainda em sintonia com as propostas das “Oficinas Culturais Amorim Lima” que buscam novos paradigmas culturais na educação, propomos refletir como a idéia da música enquanto forma artística criada por uma categoria específica de trabalhadores – os artistas – torna-se restritiva e insuficiente na elaboração de uma atitude criativa frente às demandas do mundo contemporâneo. Durante todas as atividades do projeto poderemos aprender, com as sociedades da oralidade, outras dimensões fundamentais da estética e da arte. Por exemplo, entre os Dogon do Mali, não existe a idéia de forma musical. Toda e qualquer “música” vem associada à inteligibilidade da mensagem proferida; e também ao contexto em que é proferida, à performance de seus intérpretes, à classe de idade, gênero e papel social vivido pela pessoa que a produz, seja na comunidade, seja individualmente, sempre num momento determinado. Fora desse contexto, a “música” deixa de existir como tal, transformando-se num ruído indesejável e ameaçador.
Como afirma H. J. Koellreutter, “só um conhecimento vivido das culturas não-ocidentais e originárias, isto é, um verdadeiro ‘diálogo das civilizações e culturas’, permite dar resposta às indagações de hoje, em escala planetária, integradora. Permite realizar a grande reviravolta cultural necessária, tornando relativo o que se convencionou chamar ciências e artes, situando as duas áreas no contexto infinitamente mais vasto de uma sabedoria, na qual nossas relações com a natureza não são apenas de manipulação e conquista, mas de amor e participação; uma abordagem em que o relacionamento de um com o outro e com a sociedade não é o de um individualismo, mas de comunidade, onde nossas ligações com o futuro não são definidas por simples extrapolação do presente e do passado, mas por ruptura, superação e transcendência: a criação de um futuro realmente novo”.
Para finalizar, observamos três pontos fundamentais que temos em comum com a dinâmica do Ponto de Cultura “Oficinas Culturais Amorim Lima” e que irão orientar a nossa residência artística:
- Compreensão da arte e da educação como um processo que ocorre em diferentes camadas do ser. Um ser cultural, que apesar de estar vivendo num espaço coletivo, está sendo “construído” enquanto pessoa (no sentido dado pelas sociedades da oralidade).
- Compreender que a identidade de uma pessoa, de um aluno, de uma escola, de uma comunidade, de um país, de uma família, é construída no cotidiano, na elaboração de determinados valores que irão nortear suas existências.
- Ter a criação, isto é, o cuidado, como elemento prioritário em qualquer projeto cultural, artístico e/ou educativo, onde e quando a relação entre criar e cultivar – seja uma planta, seja uma canção – deixe de ser metafórica para expressar uma atitude criativa real que nasce das histórias pessoais individuais e coletivas.
Plano das Atividades
1. Oficinas da Oralidade:
As oficinas serão ministradas pela artista residente que promoverá diferentes linguagens de interação estética, sempre com grupos de até vinte pessoas. Estas interações são propostas a partir de exercícios de criação e improvisação lítero-musicais, que podem se desdobrar em pequenas encenações, contação de histórias, danças, expressões visuais e plásticas, além das expressões musicais propriamente ditas. O conteúdo será definido tendo como referência a bagagem de cada participante aliada às contribuições da própria artista com base em suas pesquisas etnomusicológicas e produções artísticas.
Seguindo sugestão do próprio Ponto de Cultura as oficinas serão ministradas para duas turmas: alunos da 1ª série e alunos da 5ª série, em grupos de até 20 (vinte) participantes, perfazendo um total de 200 (duzentas) crianças e pré-adolescentes. A duração dos encontros será de 1h 30 minutos. Os encontros estarão inseridos na grade curricular e acontecerão no primeiro semestre de 2009. Nesta conformação, a artista estará em contato direto com cada grupo, observando pequenos intervalos de três ou quatro dias entre cada encontro. Essa frequência possibilita a realização da proposição central do projeto, ou seja, trabalhar a expressão da oralidade com base na memória (afetiva, intelectual, cultural,…). Este exercício da memória é a pedra fundamental deste tipo de processo criativo que, como uma planta, precisa ser regularmente regado e cuidado para manter o seu frescor.
Além destes grupos, as oficinas serão ministradas também para um outro grupo formado pela comunidade abrangente, obedecendo a mesma lógica de frequência de encontros, com a diferença do perfil dos participantes e no horário noturno das 19:00hrs. No caso, poderão participar famílias inteiras e pessoas de diferentes idades, desde que estejam envolvidas e motivadas pela proposta.
Em nenhum dos casos é necessário que o participante tenha, como pré-requisito, qualquer formação ou habilidade artística, pois o objetivo é trazer à tona talentos e/ou saberes nem sempre prestigiados socialmente, e desenvolver, durante as oficinas, as potencialidades musicais, poéticas e performáticas de cada pessoa e/ou do grupo como um todo.
No decorrer do processo, além das expressões musicais – vocais e corporais – é previsível (e desejável) que alguns instrumentos musicais, bem como outros meios expressivos tais como teatro de bonecos, autos populares, histórias, etc… sejam incorporados no processo, ampliando o espectro estético-cultural dos elementos significativos do trabalho.
As oficinas da oralidade estão projetadas em três fases distintas:
- aprendizado e transmissão de saberes tradicionais; exercícios de improvisação e vivências estéticas; compreensão e desenvolvimento do processo criativo com base na oralidade.
- reflexão crítica dos processos de registro e difusão de saberes no mundo globalizado: a escrita, os aparatos tecnológicos digitais (vídeos, áudios, edições não-lineares, hipermídias) e os meios de difusão e reprodução dos saberes (ações de criar, compartilhar, copiar, comprar, vender, dar e receber).
- exercícios de compartilhar os processos criativos e seus resultados: a) trabalho conjunto com as oficinas de linguagem audiovisual (produção do DVD); b) registro gráfico (em palavras, desenhos, pinturas, gravuras, …) das experiências artísticas vividas na 1ª fase das oficinas com vistas à criação do Livro-CD; c) compartilhar resultados durante o Evento Final do projeto.
2. Produção do Livro/CD
O primeiro produto previsto é um livro-CD com registro da experiência estética vivenciada, apresentada sob diferentes pontos de vista e de escuta. Para tanto, durante os primeiros três meses das oficinas da oralidade, a artista residente irá escrever o ‘diário da Casa da Palavra’. Escrito de maneira fluida, como se fosse um ‘diário de campo’, nestas notas diárias serão assinalados vários aspectos pertinentes e fundamentais do processo de aprendizagem, criação e transmissão do conhecimento que a artista considere relevante. Este diário, escrito fora do contexto das oficinas, tem como objetivo servir de base (e/ou referência) para o Livro/CD a ser elaborado, coletivamente, no final do processo.
No final do projeto, este livro-CD poderá (ou não) ser impresso e multiplicado em vários exemplares. O importante é que um exemplar fique no Ponto de Cultura para ser lido, relido e escutado com um olhar e uma audição distanciada, no tempo e no espaço, e outros sejam compartilhados com seus criadores e comunidade participante.
Também acreditamos que este produto possa servir, num futuro próximo, como uma interessante referência pedagógico-artística para os desafios da implantação dos ‘cursos de música’ que entrarão em vigor nos próximos anos como obrigatórios no ensino fundamental.
3. Produção do Vídeo “A Casa da Palavra”
No decorrer das oficinas da oralidade, projetamos, neste grupo, a discussão e inclusão de temas referentes às formas de compartilhar o conhecimento no mundo contemporâneo. Nesta fase do projeto, as questões de registro – grafado e/ou gravado – bem como os meios de difusão dos saberes e criações artísticas serão redimensionados em função das experiências vividas nos processos criativos apoiados unicamente na memória oral (individual e coletiva).
Paralelamente, iniciaremos uma outra oficina denominada ‘a palavra compartilhada’, voltada para a construção do discurso audiovisual, com base em conceitos e metodologia da antropologia compartilhada.
Esta oficina será oferecida para um novo grupo de participantes (alunos da 6ª a 8ª séries e comunidade), que não tenham participado das oficinas da oralidade . Este outro grupo será o responsável pela realização de um vídeo documentário sobre os processos criativos vividos por seus colegas nas oficinas da oralidade e as diferentes etapas de construção da Togu’na, A Casa da Palavra.
Para tanto, trabalharemos metodologias de pesquisa de campo, pois este grupo irá realizá-la, e também questões específicas da linguagem audiovisual: técnicas de gravação, edição não-linear, produção de um vídeo e sua difusão em situações presenciais (exibições públicas) e/ou virtuais (por exemplo, na rede da internet).
Este grupo da oficina ‘a palavra compartilhada’ irá trabalhar diretamente na realização do vídeo, utilizando recursos técnicos e econômicos tanto do Ponto de Cultura, quando do atual projeto, cumprindo as seguintes etapas: pesquisa, roteiro, pré-produção, gravações, decupagem, edição e finalização.
4. Togu’ná, a Casa da Palavra
“Continuávamos andando por Songo quando Indègenê me mostrou aquele que parecia ser o lugar por excelência de encontro e repouso das palavras acaloradas. Sombreado, esse abrigo avarandado era extremamente convidativo e aconchegante. Seu teto baixo nos obrigava baixar a cabeça, num gesto de humildade. Somente quando já estávamos lá dentro, com a vista acostumada à luminosidade da sombra, pudemos discernir os olhares e sorrisos tênues dos anciões presentes. Saudações. Estávamos dentro da Togu’ná, a Casa da Palavra Dogon.”
A Construção
Dentro de nosso projeto de interação estética, visualizamos duas atividades de maior abrangência que irão mobilizar a escola e a comunidade como um todo, pois demandam esforços e participação em diferentes níveis de envolvimento e compreensão do profundo significado da palavra em sociedades da tradição oral.
A primeria refere-se à construção de uma Casa da Palavra. Inspirada na Togu’ná, a Casa da Palavra Dogon, esta casa será erguida num local interno da escola, respeitando vários aspectos rituais e simbólicos de sua existência. De maneira resumida, A Casa da Palavra é, na sociedade negro-africana Dogon (Mali), o lugar privilegiado da fala . Nesta sociedade, o dizer e o ouvir, o som e o silêncio assumem, no cotidiano, uma importância fundamental. Não se fala a esmo, não se dirige a palavra a qualquer um, de qualquer jeito, em qualquer hora. Há uma herarquia no dizer, um cuidado, pois a vida é sustentada pela palavra proferida. E é esta dimensão de responsabilidade, de comprometimento, de compreensão do respeito pelo poder criador e transformador da palavra bem dita que pretendemos trabalhar na Casa da Palavra.
Tradicionalmente, a Togu’na é o lugar de encontro entre as pessoas vivas e seus ancestrais. A cobertura da Casa da Palavra é feita com um material semelhante ao nosso sapé; são pequenos feixes de madeira que simbolizam, em camadas, as várias gerações de ancestrais que ali habitam. Numa determinada hora do dia, quando os anciões se reúnem, a presença destes ancestrais é reverenciada. Também não se profere qualquer palavra dentro deste espaço sacralizado em rituais de iniciação e permanência. Cuida-se do que é dito, cuida-se da conversa, ouve-se e fala-se com respeito pela Palavra.
Assim, durante o processo de construção da nossa Togu’na A Casa da Palavra, pretende-se trabalhar todos estes valores civilizatórios que herdamos das sociedades negro-africanas, e que também reconhecemos em outras sociedades de tradição oral (indígenas e orientais).
Ritual de Iniciação
Num segundo momento, pretendemos propor um ritual de iniciação a todos os alunos e comunidade, população com a qual o Ponto de Cultura “Oficinas Culturais Amorim Lima” realiza sua dinâmica de trabalho. Trata-se de um ritual aparentemente simples, no qual, um pequeno grupo aprende, antes de entrar na Togu’na, seu significado a partir do ‘mito de origem da Palavra Dogon’ (e respectivos elementos simbólicos: água, fogo, tear e ferreiro.) Aprendemos também que estes elementos fazem parte da herança negro-africana presente na cultura brasileira.
Em seguida, obedecendo a determinados gestos simbólicos e atitudes rituais necessárias, as pessoas do grupo entram e vivenciam o silêncio, a escuta. Este pequeno ritual, aparentemente banal, pode ser uma experiência intensa e profunda, que redimensione o próprio ato de falar e de ouvir (o outro e a si mesmo).
5. Evento Final: Compartilhando Experiências de Criar e Cultivar Saberes
Como última etapa de nossa residência, propomos um evento final que, como uma grande “roda da palavra” – tema central a ser elaborado pelo Ponto de Cultura “Oficinas Culturais Amorim Lima” em 2009 – faça confluir, num só momento e espaco, todo o movimento e resultados dos processos criativos desenvolvidos durante os seis meses de interações estéticas.
Para tanto, serão realizadas, dentro da Togu’na, A Casa da Palavra, uma série de vivências estéticas no formato de “rodas da palavra” – rodas de música, de poesia, de performances – como se estivéssemos num sarau, quando e onde o espectador é também ator-participante. É neste espaço e momento que os resultados da oficinas da oralidade serão compartilhados com os outros colegas da escola, amigos, familiares e comunidade da região.
Os conteúdos trabalhados, tais como “a música do corpo e o corpo da música”, “ o timbre e a personalidade do som”, “diálogo e ressonâncias”, “paisagens sonoras e o imaginário nos cantos, contos, mitos e provérbios de sociedades da oralidade” serão apresentados em suas diversas formas expressivas.
O objetivo deste último grande encontro é reafirmar as palavras de Hampaté Bâ: “O testemunho, seja escrito ou oral, no fim não é mais que testemunho humano, e vale o que vale o homem.”
Informática Educacional

O Portal Planeta Educação, confirmando sua atuação transformadora no sistema educacional brasileiro, estabeleceu contrato de parceria com a Escola Desembargador Amorim Lima, pioneira no Brasil na implantação de um projeto pedagógico fundamentado na experiência consagrada e de sucesso da Escola da Ponte, em Portugal, com os seguintes objetivos:
- Participar de uma iniciativa inovadora, cooperando na construção do projeto,
- Valorizar projetos pedagógicos que visam a formação de cidadãos mais autônomos e responsáveis pelo seu processo de aprendizagem,
- Contribuir com todo seu conhecimento e expertise na área de Informática Educacional, compartilhando materiais, softwares educacionais e seus programas de ensino, para a utilização da Informática como recurso pedagógico no projeto e
- Proporcionar aos Estudantes e Educadores da Escola, o acesso e o uso adequado das Tecnologias da Comunicação e Informação, desenvolvendo habilidades tecnológicas, extremamente necessárias ao cidadão do século XXI.
Trata-se, portanto, de um Projeto inovador que merece o apoio de empresas sérias, que acreditam que através da Educação nós podemos construir um país melhor.
A atuação da empresa compreende na realização diária de Oficinas de Informática Educacional com os estudantes e apoio nos salões de pesquisa enriquecendo assim a matriz curricular proposta pela escola.
Através do acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação os estudantes têm a possibilidade de concluir seus roteiros, realizar pesquisas em sites educacionais, trabalhar temas pertinentes às atividades que estão sendo desenvolvidas na escola, além de realizar atividades extras no Espaço Educacional Sala José Pacheco, sempre orientados pelos educadores e Mediadores de Aprendizagem do Planeta Educação.
A parceria promove ainda, aos sábados, um Curso de Inclusão Digital, com o módulo Conceitos Básicos, no horário das 9h às 11h, para os integrantes da comunidade escolar.
O curso compreende também uma turma que freqüenta o Módulo Avançado destinado aos concluíntes das turmas do ano de 2006 e 2007, onde os estudantes recebem uma formação mais avançada no Pacote Office.
O objetivo do curso desenvolvido por nossa empresa em parceria com a Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, é oferecer à comunidade o acesso às Novas Tecnologias proporcionando aos participantes a aquisição de habilidades tecnológicas necessárias para a vida e para o mundo do trabalho.
Capoeira Ceaca – Ponto de Cultura e Ação Griô
Capoeira Ceaca – Ponto de Cultura e Ação Griô
Capoeira, uma luta e dança brasileira
A palavra é de origem indígena (Tupi), Kapu-era, que significa gaiola de carregar objetos, e também mato ralo, clareira onde os negros refugiados se escondiam para fazer suas casas (Kilombos). A própria palavra denuncia sua origem “rural”, diz o Antropólogo Oderpe Serra da Universidade Federal da Bahia, mas há quem diga que a capoeira foi nascida na zona urbana, isso afirma o pesquisador baiano Waldeloir Rego (Ensaio Etnográfico sobre a capoeira angola).
Dança da Zebra ou N’ogolo, é um ritual (luta) de Angola (África), onde os rapazes da aldeia disputam (lutam), e o vencedor fica (casa) com a moça que atingiu a idade de casar. Waldeloir Rego conclui que N’ogolo virou folguedo; um divertimento praticado pelos escravos nos Domingos e Feriados. Com o tempo, a prática teria se transformado em exibição de habilidade, destreza e leveza de movimentos, chegando ao jogo de capoeira no século XIX. Mas a capoeira existe desde o início do século XVIII, tendo seu auge em todo o século XIX, com a chegada da família real no Brasil, em 1808.
Há quem diga que capoeira é uma arte “marcial” brasileira de origem africana, uma dança-luta de defesa pessoal praticada ao som do berimbau, agogô, pandeiro e atabaque. Ao ritmo destes instrumentos os lutadores gingavam o tempo todo (dançam), e essa dança luta preparava os negros para o desigual combate com os portugueses. Normalmente praticada nas senzalas, os feitores não entendiam o que estavam acontecendo e não entendiam os dialetos negros: cabinda-gêge-angola-moçambique-ganhola bunda-congo-mina-malê-calabá-queto e ijecha etc. A história da capoeira é muito complexa, e as pesquisas científicas são recentes, levando em consideração os 500 anos da “descoberta” do Brasil.
Hoje a capoeira se encontra em outra situação. Ela está nas escolas de ensino fundamental e médio, nas Universidades, Teatros e Cinema; está na literatura e na televisão, com as telenovelas. Ela é um forte objeto de estudo nos meios científicos com dissertação de mestrado e teses de doutorado no Brasil e no exterior. Está em vários países da Europa, EUA, Ásia e América Central. Nós, do CEACA, já ensinamos capoeira nos Estados Unidos, na Universidade Estadual do Colorado, na cidade de Fort Collins; para crianças de ensino fundamental,médio e universitário – Universidade de Denver – Universidade de Golden. Na França, em Bordeaux, e em Porto Rico, na cidade de San Juan, para comunidade de crianças carentes.
Mestre Alcides de Lima
Ponto de Cultura Amorim Rima e Ação Griô
A tradição oral tem como característica fundamental a incansável repetição fidedigna do discurso do fato narrado, isso para que haja uma reprodução da narrativa daquilo que deve ser repassado das antigas gerações para as novas, se faz necessário uma linguagem simples e associada a dinâmica do dia a dia do indivíduo (pode ser também um conto ou um mito ligado a ancestralidade daquele grupo) e/ou de sua comunidade.
A hierarquia e o reconhecimento da sabedoria dos mais velhos são pontos fundamentais, são o ápice do fundamento na manutenção das tradições da oralidade, isso se reconhece e se expressa nas manifestações da cultura popular como: festas religiosas, casamentos, rezas e rituais de passagem.
No primeiro caso analisaremos a letra de uma música cantada por Clementina de Jesus, e reproduzida muitas vezes pelo Griô da Tradição Oral Alcides de Lima,
“Xique xique Macambira,
filho de preto d’angola,
inda bem não sabe lê
já qué sê mestre de escola”
Nessa quadra podemos observar a fala, ou o recado de alguém que conhece os fundamentos da tradição oral, ele está criticando um mais jovem que acha que está acima dos mais velhos, é como o ditado, “quer ensinar Pai nosso ao Vigário”, isso geralmente é cantado quando se quer mandar um recado a alguém, e ele deve entender a mensagem, mais muitos não entendem.
“Obedece, Obedece
O filho não dá no Pai
E discipulo num dá em Mestre
Veja que a barba cresce
Na hora do jogo duro
Discípulo cai em apuros
quando desobedece
Mas as vezes ele oferece
até uma boa imagem
E sai fora da rodagem
Pra ver se o povo se esquece”
Nesses versos cantados muitas vezes em aula pelo Mestre Griô Durval, traduzido para o ensino formal, nos diz sobre a importância e o respeito que os mais novos devem ter perante os mais velhos, ou seja, os alunos pelos professores, os filhos pelos pais, os discípulos pelos Mestres, pois, esses por terem mais tempo e vivências adquiriam experiências e conhecimentos e estão mais preparados para enfrentar o mundo e as dificuldades da vida, podendo assim indicar – lhes o melhor caminho a ser seguido, caminho onde poderão colher bons frutos.
“O jogo de capoeira
Na cidade e no sertão
Joga negro e joga branco
Em perfeita união
Capoeira antigamente
Violenta e matadeira
Hoje é arte e esporte
Nesta terra brasileira
Jogo em cima jogo em baixo
Jogo em pé jogo no chão
Vou calçado ou descalço
Todos somos cidadãos”
Essa música de autoria e cantado pelo Griô da Tradição Oral Dorival dos Santos, nos remete a enterder que, antigamente devido ao “pré-conceito” quanto à cultura afro-brasileira, a capoeira era vista como coisa só de negros, no verso – calçado ou descalço – traduz que a capoeira ultrapassou a barreira do “pré-conceito” estando hoje em todas as classes sociais, centros esportivos, escolas e universidades, complementando o ensino formal.
Trecho do Registro de vivência – Ação Griô / Ponto de Cultura Amorim Rima – São Paulo/SP
Ponto de Cultura Amorim Rima
4ª Encontro Regional Griôs da Tradição Oral – 09/2007
Rio do Sul/Presidente Getúlio – SC
Griô Mestre da Tradição Oral: Durval Antônio da Silva (Sr.Durval)
Griô da Tradição Oral: Alcides de Lima (Mestre Alcides)
Griô da Tradição Oral: Dorival dos Santos (Mestre Dorival)
Griô Aprendiz da Tradição Oral: Rodrigo Matins Garcia (Pança)
Conheça melhor o Ceaca no endereço:
www.capoeiraceaca.org.br
Intercâmbio de Viagens
Intercâmbio de Viagens
Em 20 de maio de 2006 foi inaugurada a nossa nova sala de artes, à qual demos o nome de “Espaço Conceição Acioli”. Esse novo espaço, além de hoje abrigar de forma bastante adequada tanto a sala de artes quanto a biblioteca, nos dotou de dois banheiros com acessibilidade para cadeirantes. Graças ao empenho de pais e colaboradores arquitetos conseguimos conciliar, no projeto desses banheiros, um espaço de vestiário, inclusive dotado de chuveiros.
Dessa forma, pudemos completar a infra-estrutura necessária para receber e alojar adequadamente alunos de outras cidades na escola, e instrumentalizar um sonhado projeto de intercâmbio de viagens.
O que quem recebe oferece
Nossa proposta de intercâmbio com escolas de outras cidades visa possibilitar que tanto os nossos alunos, quanto os alunos dessas cidades, realizem viagens culturais e de estudo de meio a custos bastante baixos.
Alunos de outras cidades serão recebidos na escola, que oferecerá:
- Alojamento – colchonetes em salas de aula; banheiros.
- Alimentação – café da manhã, almoço, jantar e lanche da noite.
- Programações culturais e científicas gratuitas, ou a custo muito baixo. Estamos formatando roteiros culturais e científicos aproveitando a vasta e maravilhosa oferta de locais e eventos da cidade. Visitas monitoradas ao Parque Zoológico de São Paulo – o maior da América Latina; Instituto Butantan e Museus da USP; Sala São Paulo e Museu da Língua Portuguesa; Estação Ciências; Pinacoteca do Estado e Parque da Luz; Masp; Centro Histórico (Patteo do Colégio, Catedral da Sé, Igreja e Mosteiro de São Bento); os SESCs; os CEUs; enfim, uma vasta, variada e interessante gama de atrações.
- O grupo visitante arcaria com as despesas de transporte, e educadores e/ou pais acompanhariam os estudantes nas viagens.
A contrapartida do recebimento dessas escolas e desses alunos seria a viagem de nossos alunos a essas cidades, em que seriam recebidos nos mesmos moldes.
Grupo de Estratégias em Educação
GRUPO DE ESTRATÉGIAS EM EDUCAÇÃO
Quem somos
O Grupo de Estratégias em Educação começou seu trabalho na escola no início de 2004, primeiro ano do Projeto Amorim Lima, a partir da chegada de uma criança da Pré-Escola? Terapêutica Lugar de Vida, que atende crianças com diagnóstico de autismo e psicose infantil.
Constituído por cinco psicólogas voluntárias, tinha como proposta, inicialmente, auxiliar a entrada na escola de algumas crianças com necessidades educacionais especiais: desde síndromes genéticas até os quadros mais diversos de sofrimento psíquico. Esse auxílio consistia tanto num acompanhamento direto de alguns alunos, como no acolhimento das respectivas famílias e na realização de reuniões com a equipe escolar e com as equipes de tratamento.
Embora desde o início estivesse bastante claro que a intenção não era constituir um grupo de “especialistas especialmente especializados” que funcionasse como um corpo estranho à escola, foi necessário um processo de intenso trabalho para que esse grupo fosse se reconhecendo e sendo reconhecido como um grupo de educadores que está dentro da escola.
Isso se explicitou com a mudança de nome _ o Grupo de Inclusão constituído por psicólogas passou a se denominar Grupo de Estratégias em Educação constituído por educadores com formação em psicologia.
Essa mudança de nomeação visava enfatizar três questões básicas.
A primeira referente ao objetivo desse trabalho. Não se trata de incluir tal ou qual aluno, mas de incluir as questões que ele suscita nos outros, questões que ele traz e que reverberam em todos e em cada um: seja com seu corpo, que não se movimenta da maneira comum; seja com seus ritmos inusuais e sua circulação pelos espaços da escola. Isso significa incluir na escola, trazer para dentro da escola, questões que já estão dentro, mas não aparecem de maneira tão explícita. Significa cada um se deparar com o temor do fracasso, a angústia de aprender, o desamparo, o medo, o limite, que aparecem estampados em alguém, mas pertencem a todos.
E com isso poder fazer da escola também um espaço de transposição disso, para que possam emergir verdadeiros alunos-desejantes, movidos pela pulsão epistemofílica, o impulso por aprender.
A segunda questão que fica sublinhada com o nome Grupo de Estratégias em Educação é que a ênfase está nas estratégias que precisam ser criadas a partir dos “alunos portadores de questões, alunos portadores de perguntas”. Eles carregam no corpo, no gesto e na fala, a pergunta: “Que estratégias a escola vai criar para que eu possa aprender?”.
A terceira questão se refere à coerência desse grupo com o projeto da Escola Amorim Lima.
Nessa escola, somos educadoras com formação em psicologia e psicanálise, assim como existem educadores com formação em artes, educadores com formação em pedagogia, educadores com formação em capoeira, etc. Ou, conforme o Projeto Pedagógico da Escola: todos somos educadores, nas especificidades de nossas funções.
O que fazemos
A partir do momento que se percebe e se identifica alguma questão vinda dos educadores, dos pais ou dos alunos, esse grupo vai criando junto com os outros educadores da escola determinada estratégia. Algumas são estratégias grupais e podem durar alguns meses; como por exemplo no ano passado, o “Espaço de Descobertas”, realizado durante o segundo semestre, com o primeiro ano da manhã. Ou um grupo de conversas onde participaram alguns alunos e suas respectivas famílias, durante vários meses de 2006. Ou ainda, o trabalho de transição realizado junto a alguns alunos para ajudá-los na passagem para o período noturno, uma vez que se julgava que era o mais adequado para a faixa etária e o momento de vida deles. Ou os grupos de conversas com diversas configurações visando elaborar determinadas conflitivas grupais, que vêm funcionando desde o ano passado e têm se ampliado esse ano. E ainda o recém iniciado “grupo de pais, mães, avós e responsáveis”.
Outras estratégias são mais focadas, como encontros com um aluno e a família dele; ou algum encaminhamento para um atendimento com profissionais fora da escola. Pode ser ainda, juntamente com o tutor, a criação de um “Roteiro Alternativo de Estudo”, um roteiro de estudo personalizado que melhor se adapte a um aluno específico.
Sejam grupais ou individuais, mais duradouras ou pontuais, as estratégias surgem com a demanda e a identificação de uma necessidade.
Configuração Atual da Equipe
A equipe está composta, nesse momento, por cinco educadoras com formação em psicologia/ psicanálise e uma estagiária de psicologia:
Simone de Camargo Silva, Ana Paula Musatti Braga, Evelyn Madeira e Larissa Patti Gomes, fazem parte desde 2004. Raquel Ribeiro Foresti, desde o início de 2007.
Marcela Pezzi está concluindo a graduação de psicologia e começou seu estágio também no início de 2007.
Além dos horários fixos durante a semana, em que são marcados os grupos de conversa, cada profissional tem alguns horários de trabalho que são marcados conforme a necessidade de acompanhamento de algum aluno, alguma família ou alguma instituição. Por ser um trabalho voluntário, que até esse momento não contou com nenhum tipo de financiamento, o número de horas que cada uma das profissionais consegue permanecer na escola ainda é insuficiente para atender a demanda. Embora existam crianças e adolescentes interessados em entrar no Amorim que permanecem em fila de espera, o trabalho tem se expandido e tem sido possível receber a cada ano novos alunos com as mais diversas questões psíquicas ou físicas.
Apoios e Parcerias
O trabalho deste grupo não estaria sendo possível se não houvesse profissionais e instituições que realizam o acompanhamento de vários alunos fora da escola, nas mais diferentes especialidades.
Agradecemos enormemente aos seguintes apoios e parcerias: Pré- Escola Terapêutica Lugar de Vida, Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar, Centro de Saúde Escola Butantã, Trapézio: Grupo de Apoio à Escolarização e aos psicanalistas Maria Laura Cury Silvestre, Eduardo Afonso Furtado, Lívia Barros, Débora M. Gleizer e Fernanda Santos.
Vigilantes da Natureza
VIGILANTES DA NATUREZA
VIGILANTES DA NATUREZA
A história da Educação Ambiental em nossa escola começou em 1998 quando criamos um grupo de alunos de 5ª à 8ª série, chamados “VIGILANTES DA NATUREZA”, que se reunia semanalmente para discutir e atuar em benefício do Meio Ambiente.
O trabalho de sensibilização era meta fundamental em nossos encontros. Para estimular o grupo, fazíamos lanches naturais, como por exemplo, pão de cenoura, hambúrguer de abobrinha, suco de couve, erva cidreira, beterraba etc.
Procurávamos fazer entender a importância de cuidar do Meio Ambiente que começa no seu interior, no seu corpo e onde vive (casa, rua, bairro, cidade, escola).
Mostrávamos sempre que através de pequenas ações no dia-a-dia garantíamos vida saudável e praticávamos o exercício de cidadania.
Várias ações são desenvolvidas através de oficinas de artes, vídeo, horta, jardinagem, reciclagem, mosaico, tecelagem, pintura etc.
Produzimos viveiros, composteiras, murais, folders e jornais; produzimos papel artesanal, música, rap, concurso de redação com premiação e muita lição.
Estudamos vários textos sobre a história do lixo em São Paulo e entendemos e/ou aprendemos que o lixo deve ser reciclado e gerenciado principalmente em se tratando da cidade de São Paulo, onde se produz 18 mil toneladas/dia de lixo.
O Grupo Vigilantes da Natureza tem a responsabilidade ambiental de cuidar das caixas de reciclagem das salas de aula, regar as plantas, cuidar da horta, vistoriar as torneiras, produzir cartazes enfocando atitudes ecologicamente corretas, enfim cuidar da escola.
Equipe Responsável pelo Projeto:
• Adelina de Barros Carneiro
• Regina Moretti
• Fernanda Moretti Ferrari.
• Elen Cristina Faht
Sementes de Maracujá
Na oficina de Educação Ambiental, os alunos do 1º ano prepararam sementeira de maracujá que foram plantadas em tubetes. Acompanharam todo o processo de germinação e pesquisaram que o maracujá amarelo é originário da América Tropical, com mais de 150 espécies nativas.
É uma planta pendente, que se alastra pelos muros, formando belíssimas cercas vivas. O maracujá é uma fruta muito consumida, cuja polpa, muito suculenta, é usada para sucos, sorvetes, bolos, doces, mousses etc. Sua casca é fitoterápica – fonte de vitaminas e minerais.
Após atingir cerca de 5 cm de crescimento os alunos transplantaram as mudas de maracujá em saquinhos e levaram para plantar em lugar que tenha sol na sua casa ou em uma praça.
As sementes eram tão férteis que todas germinaram. O grupo “Vigilantes da Natureza” ganhou mudas e ainda sobrou um pouco para doar à comunidade.”
Atividade realizada em setembro de 2008. Veja mais fotos em Sementes em tubetes.
Veja fotos do prosseguimento do trabalho, em Vigilantes 01outubro2008.
Professora Adelina de Barros Carneiro
Oficina de Serigrafia realizada em 29/05/08
No dia 29 de maio de 2008 a Professora Adelina coordenou uma oficina de serigrafia para estampar o novo logo da Oficina em camisetas dos alunos. O logo foi concebido por Massumi Guibu, arquiteta e designer colaboradora da escola, umas das coordenadoras da Oficina ARTEcomCIÊNCIA. Veja mais fotos em Oficina 29 de maio.
Grupo vigilantes da Natureza produz Calendário do Advento, reciclando telas de silk screen já obsoletas e molduras recolhidas de caçamba nas ruas…
Dezembro – 2007
Terrário
O Terrário é um ecossistema engarrafado que permite observarmos o ciclo da vida. Essa idéia foi desenvolvida por acaso pelo botânico amador Daniel Ward quando observava uma crisálida de borboleta dentro de uma garrafa. A terra da garrafa tinha uma raiz de samambaia misturada e ela brotou e cresceu. Ele testou outras plantas e concluiu que, com um pouco de luz e umidade, os vegetais poderiam viver por anos num ambiente lacrado.
Parece uma coisa simples, mas graças ao terrário, mudas das mais variadas plantas puderam atravessar os oceanos sem sofrerem danos.
Partindo dessas informações os “Vigilantes da Natureza” desenvolveram uma pesquisa e criaram o seu próprio terrário.
Telas de frapos de tecidos
O grupo Vigilantes da Natureza que tem encontros semanais para conversar sobre a impontância de cuidar do meio ambiente onde vive, confeccionou telas de frapos de tecidos, as quais foram produzidas à acrílica. No próximo encontro cada um deverá dar título à sua obra.
Produzindo arte com reciclagem garante-se um compromisso de trabalho baseado na sustentabilidade. Este é o nosso grande compromisso.
Arte com Ciência
Sobre o primeiro semestre de 2007
Iniciamos o semestre com um desafio: que outras vidas existiriam na escola?
Depois de um passeio em grupo por todo o espaço externo da escola, fizemos a nossa primeira coleta.
Com essa ação, muito simples, iniciamos a construção do “olhar pesquisador”. Ao estimularmos a observação, em detalhe, com cuidado, estamos introduzindo uma nova “maneira de olhar” o mundo, essa qualidade essencial na formação de um futuro pesquisador.
O passo seguinte… olhar mais de perto, através de microscópios, das lupas, das lentes de aumento.
O passo essencial: documentar o que foi observado, detalhar, desenhar.
O desenho, “a Arte”, surge como um “instrumento” importante no processo de apreensão do conhecimento. O desenho é a representação/documentação do que foi pesquisado com os olhos, com o tato, com o olfato, com todos os sentidos em alerta.
O estímulo constante a essa “curiosidade alegre” em relação às pequenas coisas, aos acontecimentos, ao cotidiano , sensibiliza nosso futuro pesquisador a uma atitude investigativa, enriquecendo e desmistificando a capacidade de se expressar através da Arte, pois compreendemos que a Beleza surge como consequência do adensamento dos conteúdos trabalhados, pois reflete uma qualificação de repertório real sobre o objeto em questão.
E, sempre com esses conceitos presentes, demos prosseguimento ao nosso percurso: após o estudo dos insetos e animais pequenos, passamos para os animais vertebrados, com esqueleto. Através de um empréstimo de esqueletos e animais taxidermizados da Faculdade de Medicina Veterinária da Usp, pudemos observar as diferentes formas e especializações em esqueletos de ave (pingüim), de mamíferos, voadores e quadrúpedes (o morcego , o cão e o gato) , sentir a textura do couro da cobra, passar a mão no pelo da cotia.
E então passamos para o reconhecimento de nós humanos, com a observação do próprio corpo, através de detalhes, com o objetivo de não permitir que o desenho esquemático e clichê se instalasse, e sim, desse lugar a uma observação cuidadosa e detallhada. Na aula seguinte trouxemos um esqueleto humano de resina, do tamanho natural, para que entendessem como somos por dentro, como nos estruturamos, introduzindo e adensando o auto-conhecimento físico.
E o que não enxergamos, não existe? A partir desse novo desafio, criamos hipóteses, juntamente com as crianças, sobre onde poderiam “morar ” bichinhos invisíveis, e fizemos várias coletas e cultivamos em placas de ágar (um tipo de alga ) estéreis, como as usadas em laboratórios. Coletamos saliva, entre os dedos do pé, ramelinho do olho, cutucamos um nariz, coletamos na pia do banheiro, na torneira, em uma moeda, na privada, telefone,…Com o crescimento dos micro-organismos, pudemos demonstrar para nossos futuros cientistas, a importância da higiene, e como lavar a mão corretamente e o por quê, como pode se dar o contágio, os cuidados para com eles mesmos e para com os outros.
E tudo isso sempre documentado através de desenhos, de representações variadas, como colagens, costuras, trabalhando a habilidade fina, a coordenação que contribuirá também para o exercício da escrita.
Acreditamos que a beleza dos trabalhos de nossos queridos alunos está na verdade da representação do conhecimento por eles adquirido, essa conquista necessária para a construção de um estudande interessado, alegre e curioso, futuro cidadão consciente e participativo.
Massumi e Vania, professoras da 1ª série (1º semestre de 2007)
Trabalho apresentado no 24o. Congresso Brasileiro de Microbiologia
Vigilantes da Natureza
VIGILANTES DA NATUREZA
A história da Educação Ambiental em nossa escola começou em 1998 quando criamos um grupo de alunos de 5ª à 8ª série, chamados “VIGILANTES DA NATUREZA”, que se reunia semanalmente para discutir e atuar em benefício do Meio Ambiente.
O trabalho de sensibilização era meta fundamental em nossos encontros. Para estimular o grupo, fazíamos lanches naturais, como por exemplo, pão de cenoura, hambúrguer de abobrinha, suco de couve, erva cidreira, beterraba etc.
Procurávamos fazer entender a importância de cuidar do Meio Ambiente que começa no seu interior, no seu corpo e onde vive (casa, rua, bairro, cidade, escola).
Mostrávamos sempre que através de pequenas ações no dia-a-dia garantíamos vida saudável e praticávamos o exercício de cidadania.
Várias ações são desenvolvidas através de oficinas de artes, vídeo, horta, jardinagem, reciclagem, mosaico, tecelagem, pintura etc.
Produzimos viveiros, composteiras, murais, folders e jornais; produzimos papel artesanal, música, rap, concurso de redação com premiação e muita lição.
Estudamos vários textos sobre a história do lixo em São Paulo e entendemos e/ou aprendemos que o lixo deve ser reciclado e gerenciado principalmente em se tratando da cidade de São Paulo, onde se produz 18 mil toneladas/dia de lixo.
O Grupo Vigilantes da Natureza tem a responsabilidade ambiental de cuidar das caixas de reciclagem das salas de aula, regar as plantas, cuidar da horta, vistoriar as torneiras, produzir cartazes enfocando atitudes ecologicamente corretas, enfim cuidar da escola.
Equipe Responsável pelo Projeto:
• Adelina de Barros Carneiro
• Regina Moretti
• Fernanda Moretti Ferrari.
• Elen Cristina Faht
Sementes de Maracujá
Na oficina de Educação Ambiental, os alunos do 1º ano prepararam sementeira de maracujá que foram plantadas em tubetes. Acompanharam todo o processo de germinação e pesquisaram que o maracujá amarelo é originário da América Tropical, com mais de 150 espécies nativas.
É uma planta pendente, que se alastra pelos muros, formando belíssimas cercas vivas. O maracujá é uma fruta muito consumida, cuja polpa, muito suculenta, é usada para sucos, sorvetes, bolos, doces, mousses etc. Sua casca é fitoterápica – fonte de vitaminas e minerais.
Após atingir cerca de 5 cm de crescimento os alunos transplantaram as mudas de maracujá em saquinhos e levaram para plantar em lugar que tenha sol na sua casa ou em uma praça.
As sementes eram tão férteis que todas germinaram. O grupo “Vigilantes da Natureza” ganhou mudas e ainda sobrou um pouco para doar à comunidade.”
Atividade realizada em setembro de 2008. Veja mais fotos em Sementes em tubetes.
Veja fotos do prosseguimento do trabalho, em Vigilantes 01outubro2008.
Professora Adelina de Barros Carneiro
Oficina de Serigrafia realizada em 29/05/08
No dia 29 de maio de 2008 a Professora Adelina coordenou uma oficina de serigrafia para estampar o novo logo da Oficina em camisetas dos alunos. O logo foi concebido por Massumi Guibu, arquiteta e designer colaboradora da escola, umas das coordenadoras da Oficina ARTEcomCIÊNCIA. Veja mais fotos em Oficina 29 de maio.
Grupo vigilantes da Natureza produz Calendário do Advento, reciclando telas de silk screen já obsoletas e molduras recolhidas de caçamba nas ruas…
Dezembro – 2007
Terrário
O Terrário é um ecossistema engarrafado que permite observarmos o ciclo da vida. Essa idéia foi desenvolvida por acaso pelo botânico amador Daniel Ward quando observava uma crisálida de borboleta dentro de uma garrafa. A terra da garrafa tinha uma raiz de samambaia misturada e ela brotou e cresceu. Ele testou outras plantas e concluiu que, com um pouco de luz e umidade, os vegetais poderiam viver por anos num ambiente lacrado.
Parece uma coisa simples, mas graças ao terrário, mudas das mais variadas plantas puderam atravessar os oceanos sem sofrerem danos.
Partindo dessas informações os “Vigilantes da Natureza” desenvolveram uma pesquisa e criaram o seu próprio terrário.
Telas de frapos de tecidos
O grupo Vigilantes da Natureza que tem encontros semanais para conversar sobre a impontância de cuidar do meio ambiente onde vive, confeccionou telas de frapos de tecidos, as quais foram produzidas à acrílica. No próximo encontro cada um deverá dar título à sua obra.
Produzindo arte com reciclagem garante-se um compromisso de trabalho baseado na sustentabilidade. Este é o nosso grande compromisso.
Preparatório para o Ensino Médio
Preparatório para o Ensino Médio
O projeto Preparatório para o Ensino Médio contará em 2010 com a colaboração dos seguintes voluntários:
- José Luiz Catão Dias
- José Carlos Iacomussi
- Luis Braga
- Ílio De Nardi Júnior
- Júlia de Carvalho Catão Dias
- Natália Fernandes
- André Fernandes
O projeto tem por objetivo colaborar na prepararação dos alunos que pretendam ingressar nas escolas técnicas – principalmente nas ETEC’s, escolas técnicas estaduais. De caráter voluntário e gratuito, está organizado em 6 blocos: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Biologia, e Física e Química. As atividades, no ano de 2010, acontecerão às segundas, quintas e sextas-feiras, das 19 às 21:20 horas. Os simulados acontecerão aos sábados, pela manhã.
Veja o Calendário para 2010.
Jogos Internos do Amorim
Jogos Internos do Amorim – 2009
Entre os dias 14 e 17 de dezembro realizamos em nossa escola os Jogos Internos do Amorim, dando continuidade a um trabalho iniciado em 2008 com as “Olimpíadas do Amorim”.
Os Jogos escolares configuram-se como mais um momento de trabalho e de aprendizagem para os estudantes, o que significa que deve ser um espaço de afirmação dos princípios defendidos pela escola e presentes nas demais atividades de ensino e aprendizagem. Neste sentido, buscamos garantir a existência de competição nos jogos realizados (competição essa delimitada pelo espaço, tempo e regras de cada jogo), minimizando a existência de um espírito competitivo entre os estudantes (que extrapola as regras, espaço e tempos dos jogos, tornando-se uma postura de “vencer a qualquer custo”). Certamente, trata-se de um trabalho que deve ser sempre reafirmado na realização dos Jogos escolares.
Visando contribuir para a existência desses princípios durante os Jogos Internos do Amorim, adotamos os seguintes combinados:
a) Todos os estudantes que quisessem participar de uma modalidade poderiam nela se inscrever. Para isso, haveria nos jogos um momento de substituição obrigatória dos participantes e/ou revezamento das participações durante as partidas.
b) Os jogos foram organizados de modo que todos os times jogassem o mesmo número de partidas (e não no estilo “quem ganga fica”), buscando valorizar a participação igual de todos e não apenas dos que vencem.
c) A pontuação do campeonato abarcou: pontos conseguidos nos jogos(vitória, empate, derrota); pontos conseguidos pela elaboração de camisetas, bandeiras, gritos de paz e participação da torcida nos jogos; pontos perdidos por atitude de violência dos jogadores e/ou torcida (violência física e verbal).
d) Essa forma de pontuação fez com que as equipes com o maior número de vitórias nos jogos não ficassem, necessariamente, em uma classificação melhor do que outras com menor número de vitórias. Uma equipe que teve um menor número de vitórias, uma excelente participação da torcida e poucas atitudes de violência, ficou, via de regra, mais bem colocada que uma equipe que teve um maior número de vitórias e muitas atitudes de violência ao longo do campeonato.
Os quadros abaixo mostram as pontuações obtidas por cada equipe: pontuações positivas, negativas e total.
Veja também, abaixo, algumas fotos dos Jogos, enviadas pelo professor Paulo Birolini:
O Jornal do Amorim
O projeto O Jornal do Amorim é coordenado voluntariamente pela jornalista Márcia Carini.
Acesse o blog:
Microbiologia
Sobre o primeiro semestre de 2007
Iniciamos o semestre com um desafio: que outras vidas existiriam na escola?
Depois de um passeio em grupo por todo o espaço externo da escola, fizemos a nossa primeira coleta.
Com essa ação, muito simples, iniciamos a construção do “olhar pesquisador”. Ao estimularmos a observação, em detalhe, com cuidado, estamos introduzindo uma nova “maneira de olhar” o mundo, essa qualidade essencial na formação de um futuro pesquisador.
O passo seguinte… olhar mais de perto, através de microscópios, das lupas, das lentes de aumento.
O passo essencial: documentar o que foi observado, detalhar, desenhar.
O desenho, “a Arte”, surge como um “instrumento” importante no processo de apreensão do conhecimento. O desenho é a representação/documentação do que foi pesquisado com os olhos, com o tato, com o olfato, com todos os sentidos em alerta.
O estímulo constante a essa “curiosidade alegre” em relação às pequenas coisas, aos acontecimentos, ao cotidiano , sensibiliza nosso futuro pesquisador a uma atitude investigativa, enriquecendo e desmistificando a capacidade de se expressar através da Arte, pois compreendemos que a Beleza surge como consequência do adensamento dos conteúdos trabalhados, pois reflete uma qualificação de repertório real sobre o objeto em questão.
E, sempre com esses conceitos presentes, demos prosseguimento ao nosso percurso: após o estudo dos insetos e animais pequenos, passamos para os animais vertebrados, com esqueleto. Através de um empréstimo de esqueletos e animais taxidermizados da Faculdade de Medicina Veterinária da Usp, pudemos observar as diferentes formas e especializações em esqueletos de ave (pingüim), de mamíferos, voadores e quadrúpedes (o morcego , o cão e o gato) , sentir a textura do couro da cobra, passar a mão no pelo da cotia.
E então passamos para o reconhecimento de nós humanos, com a observação do próprio corpo, através de detalhes, com o objetivo de não permitir que o desenho esquemático e clichê se instalasse, e sim, desse lugar a uma observação cuidadosa e detallhada. Na aula seguinte trouxemos um esqueleto humano de resina, do tamanho natural, para que entendessem como somos por dentro, como nos estruturamos, introduzindo e adensando o auto-conhecimento físico.
E o que não enxergamos, não existe? A partir desse novo desafio, criamos hipóteses, juntamente com as crianças, sobre onde poderiam “morar ” bichinhos invisíveis, e fizemos várias coletas e cultivamos em placas de ágar (um tipo de alga ) estéreis, como as usadas em laboratórios. Coletamos saliva, entre os dedos do pé, ramelinho do olho, cutucamos um nariz, coletamos na pia do banheiro, na torneira, em uma moeda, na privada, telefone,…Com o crescimento dos micro-organismos, pudemos demonstrar para nossos futuros cientistas, a importância da higiene, e como lavar a mão corretamente e o por quê, como pode se dar o contágio, os cuidados para com eles mesmos e para com os outros.
E tudo isso sempre documentado através de desenhos, de representações variadas, como colagens, costuras, trabalhando a habilidade fina, a coordenação que contribuirá também para o exercício da escrita.
Acreditamos que a beleza dos trabalhos de nossos queridos alunos está na verdade da representação do conhecimento por eles adquirido, essa conquista necessária para a construção de um estudande interessado, alegre e curioso, futuro cidadão consciente e participativo.
Massumi e Vania, professoras da 1ª série (1º semestre de 2007)